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Política & Poder

Polícia Federal encaminha depoimentos de assessores de deputados à CPI dos Sanguessugas

Arquivo Geral

28/07/2006 0h00

Nove estados brasileiros já manifestaram interesse em transferir presos para a penitenciária federal em Catanduvas, page unhealthy recém inaugurada no Paraná. "Nove estados estão pleiteando, sildenafil com listas variadas de 14, sale 20, 30, 40 (presos)", confirmou o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.

Segundo a assessoria do ministério, a relação completa dos estados interessados não pode ser divulgada por questão de segurança. Mas Thomaz Bastos adiantou que o estado de São Paulo não está na lista. "São Paulo não pediu ainda, mas nós oferecemos as vagas que eles aventaram como sendo as necessárias, que são 40, nós estamos reservando essas vagas para São Paulo".

Inaugurada no dia 23 de junho, a unidade de Catanduvas é a primeira das cinco penitenciárias federais de segurança máxima previstas para serem construídas no país. De acordo com Bastos, a idéia é que o sistema penitenciário federal seja uma "espécie de regulador de estoque dos sistemas penitenciários estaduais, tirando dos estados aqueles bandidos que chefiam quadrilhas, organizam rebeliões e que continuam cometendo crime dentro das cadeias", explicou.

Em resposta, a assessoria de imprensa da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) do estado confirmou que o órgão não pediu vagas ao Ministério da Justiça. De acordo com a secretaria, os presos de São Paulo considerados mais perigosos estão abrigados no Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes, em Regime Disciplinar Diferenciado.

Com capacidade para abrigar 208 presos de alta periculosidade, em celas individuais, a penitenciária de Catanduvas recebeu o primeiro preso no dia 19 deste mês. O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, foi transferido da Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal, onde estava desde março, para Catanduvas, em cumprimento a uma decisão da Justiça Federal.

Segundo a assessoria de imprensa do ministério, as vagas na penitenciária federal serão preenchidas à medida que os estados apresentarem sua relação de presos ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça. Os nomes precisam ser aprovados pela Justiça, de acordo com Thomaz Bastos.

"Isso é um procedimento judicial, não somos nós que mandamos o sujeito pra lá, quem manda é o juiz do estado e isso passa pelo crivo do juiz federal. Então, é um processo judicial, um processo cauteloso, mas o critério é qualitativo, vão para lá os criminosos mais perigosos, aqueles que chefiam quadrilhas, aqueles que se articulam para continuar a cometer crimes dentro da cadeia", reforçou o ministro.

De acordo com o ministério, até o final do ano, devem ser inauguradas outras duas penitenciárias federais, uma em Campo Grande (MS) e outra em Mossoró (RN).

O vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Sanguessugas, cialis 40mg deputado Raul Jungmann (PPS-PE), obteve hoje, da Polícia Federal, cópias dos depoimentos de assessores de parlamentares investigados por envolvimento nas fraudes de compra de ambulâncias superfaturadas.

Segundo Jungman, essas informações serão acrescentadas às demais provas sobre o envolvimento, ou não, de parlamentares no esquema. O vice-presidente trouxe consigo o primeiro lote – cerca de 25 depoimentos de assessores parlamentares que foram flagrados em gravações negociando emendas e que receberam depósitos nas suas contas bancárias.

"(Esse material) é fundamental para que se consiga fechar o cerco com relação a vários sanguessugas, porque tem gente que está dizendo que nunca ouviu, que não sabe o que é isso e que não conhecia ninguém", destacou Jungmann.

Segundo o vice-presidente, algumas das conversas que foram gravadas de auxiliares de parlamentares sobre negociação de emendas são "extremamente comprometedoras". Raul Jungmann informou que o material recebido da PF será analisado pela CPMI, que vai decidir se incluirá parte dos depoimentos em seu relatório.

Criticando o que chamou de "politização" da comissão, Jungmann negou que a CPI tenha provas para cassar somente 30 parlamentares. Segundo ele, a comissão tem provas contra 80% dos 116 parlamentares e ex-parlamentares acusados de envolvimento no esquema, o que representaria cerca de 90 nomes.

Sobre os dados da Controladoria-Geral da União, que mostraram avanço dos contratos da Planam (empresa acusada de liderar o esquema) a partir do último ano do governo Fernando Henrique Cardoso, o deputado disse que a comparação entre governos só serve para desviar o foco da CPI.

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