A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (14), uma operação que investiga recebimento de doações eleitorais não contabilizadas entre 2010 e 2012 por parte de um grupo. Entre os investigados, está o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP).
De acordo com apuração da PF, os pagamentos teriam ocorrido por meio da simulação de serviços advocatícios. O grupo suspeito também teria contratado doleiros para pagamento de valores em espécie. Os valores estão estimados em R$ 1,7 milhão.
O escritório de advocacia supostamente envolvido na simulação da prestação de serviços tinha como um dos seus sócios o genro de Paulinho da Força.
São cumpridos sete mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e no Estado de São Paulo. Além disso, a 1ª Zona Eleitoral de São Paulo-SP pediu o bloqueio judicial de contas bancárias e imóveis dos investigados.
Lava Jato
Esta é a primeira fase da Operação Lava Jato junto à Justiça Eleitoral de São Paulo desde que março de 2019, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que também é de competência da Justiça Eleitoral atuar em crimes conexos aos crimes eleitorais. A operação foi chamada de Dark Side.
O inquérito policial foi remetido à Justiça Eleitoral de São Paulo ainda em 2019, com a colaboração premiada de integrantes da J&F.