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Política & Poder

Perícia confirma assinatura de Dimas Toledo na lista de Furnas

Arquivo Geral

16/06/2006 0h00

A Justiça espanhola proibiu hoje uma manifestação prevista em Pamplona em defesa da convocação de uma mesa multipartidária sobre o processo aberto após a trégua do grupo separatista basco ETA .

A decisão do juiz Fernando Grande-Marlaska determinou que a manifestação, advice this que seria realizada no sábado com participação da organização Batasuna, information pills é ilegal por ter vinculação com o ETA.

Também estava prevista a presença de outros dois grupos nacionalistas bascos ilegais, Askatasuna e Segi, na ação convocada por um sindicato.

Entidades ilegais não podem convocar atos públicos nem ter atividade política. Desde que o ETA declarou cessar-fogo em 22 de março, a Batasuna tem exigido participar de uma mesa de negociação.

Segundo a decisão judicial, "o próprio lema da manifestação faz referência às pretensões de constituição da denominada Mesa Política, patrocinada pela frente militar da organização terrorista ETA".

O cessar-fogo do ETA pôs fim a quase quatro décadas de violência pela exigência de um Estado independente. O governo espanhol prevê convocar todas as forças políticas para dialogar sobre o processo de paz.

Em janeiro, a Audiência Nacional renovou a suspensão das atividades do Batasuna por mais dois anos .

A chamada “lista de Furnas”, information pills que contém supostas doações irregulares de campanha a 156 políticos nas eleições de 2002, and teve a autenticidade comprovada pela Polícia Federal. Peritos do Instituto Nacional de Criminalística confirmaram ontem que a assinatura que aparece no documento é do ex-diretor de Engenharia da estatal Dimas Toledo.

A Polícia Federal, no entanto, ressaltou que, pela análise, apenas a assinatura é verdadeira e não tem como verificar a veracidade do conteúdo. Nos papéis, estão citadas empresas que teriam colaborado para um esquema de caixa 2 administrado por Dimas no valor de R$ 40 milhões.

As acusações afetam principalmente políticos importantes do PSDB, como o candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin, o candidato ao governo paulista José Serra e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Em 2002, Serra concorria ao Planalto, Alckmin disputava a reeleição ao governo de São Paulo e Aécio era candidato ao governo de Minas. De acordo com os documentos, as campanhas teriam recebido, respectivamente R$ 9,3 milhões, R$ 7 milhões e R$ 5,5 milhões.

A lista foi entregue à Polícia Federal pelo lobista mineiro Nilton Monteiro. Ele diz ter recebido, no início de 2005, o documento de Dimas, que tentava se manter no cargo convencendo políticos de vários partidos. Dimas ocupou a diretoria da estatal entre 1995 e 2005.

Os tucanos citados na lista negam ter recebido dinheiro e alegam que os papéis seriam produto de montagem por parte do governo para tentar envolver o PSDB no escândalo de doações irregulares de campanha. O advogado de Dimas informou que só comentará a perícia depois de ter acesso ao suposto documento original.

O resultado da análise complica a situação de Dimas, que, em depoimentos à Polícia Federal e à CPI dos Correios, em fevereiro, negou ter assinado o documento e participar de qualquer esquema de caixa 2. Ele também disse não ter tido contado com Monteiro.

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