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Política & Poder

Partido de Bolsonaro no DF se juntará ao de Daciolo para receberem fundo partidário

Arquivo Geral

15/11/2018 18h46

Reprodução/Facebook

Eric Zambon
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O Partido Republicano Progressista (PRP) deixará de existir ainda este ano e sua estrutura e quadros serão absorvidos pelo Patriota, antigo PEN. A intenção é que, unindo os deputados federais eleitos no País pelas duas legendas, eles possam superar a chamada cláusula de barreira. Assim, nas próximas eleições, eles terão direito a tempo de televisão e acesso ao fundo partidário.

Com a incorporação, o novo Patriota contará com oito deputados federais eleitos – no DF, Bia Kicis entrou para a Câmara dos Deputados pelo PRP. Isso permitirá ao partido atingir 1,5% do total de votos no Brasil para a Câmara com representantes em pelo menos nove unidades da federação, que é um dos critérios estabelecidos pela Justiça Eleitoral para a agremiação superar a cláusula.

Arquivo Pessoal

“Já há o edital de convocação para o PRP ser incorporado ao nosso e isso ser homologado na Justiça”, detalha o presidente do Patriota no DF, Paulo Fernandes. Ele foi candidato a deputado federal este ano e recebeu 31.183 votos, liderando sua chapa, montada com PTB, PHS e PTC, mas sem conseguir uma cadeira. Seu bom desempenho, porém, pode mantê-lo na liderança da sigla depois da união.

“A regra geral é que, nos estados com deputado federal, que ele comande o partido e, se não houver, que seja quem tenha mais votos. E nesse caso sou eu”, adiantou. A federal eleita Bia Kicis já anunciou a intenção de deixar sua sigla para se filiar ao partido do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), portanto os envolvidos na incorporação não contam com ela para fazer parte do processo.

No DF, o PRP foi a legenda oficial de apoio a Bolsonaro na disputa pelo Planalto, já que o PSL-DF, comandado por Newton Lins, está rachado com a Executiva Nacional. Durante a campanha, o Patriota teve nome próprio no pleito, o folclórico Cabo Daciolo, protagonista de memes por ter acreditado em um boato de internet e crítico de um dos maiores entusiastas da campanha do presidente eleito, Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan.

Passado raso

Registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 29 de outubro de 1991, o melhor ano do PRP no DF foi 2018, pois elegeram um deputado distrital, Daniel Donizet, e uma federal, Bia Kicis. Antes disso, havia emplacado apenas outras dois candidatos na Câmara Legilativa: Cláudio Monteiro, em 1990, e Batista das Cooperativas, em 2006. Em 2007, Pedro do Ovo também assumiu, como suplente, a vaga de Aylton Gomes na Casa.

O desempenho do candidato ao Governo de Brasília pela legenda, General Paulo Chagas, também surpreendeu positivamente a cúpula do partido. Estreante na política, o militar reformado de 69 anos recebeu quase 111 mil votos, ficando à frente de Eliana Pedrosa (Pros) e Alberto Fraga (DEM), ambos com experiência na vida pública.

Um dos fundadores da sigla e atual presidente regional, Adalberto Monteiro, exalta a questão prática da incorporação, por permitir mais visibilidade a seus quadros, mas deixa transparecer certa tristeza pelo fim do PRP. “Tenho preocupação com o futuro, mas nunca entrei em coisas erradas e sempre tive bom desempenho nas eleições, apesar do partido ser pequeno, e isso tem de ser valorizado”, avalia.

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