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Política & Poder

Partido de Bolsonaro defende Deus, armas e oposição ao comunismo

O programa afirma que o partido Aliança pelo Brasil “reconhece o lugar de Deus na vida, na história e na alma do povo brasileiro”

Aline Rocha

21/11/2019 13h21

Brazil’s President Jair Bolsonaro gestures as he welcomes leaders of the BRICS emerging economies at the Itamaraty palace on November 14, 2019 in Brasilia, Brazil. – Brazil’s President Jair Bolsonaro walked a diplomatic tightrope, as he seeks to boost ties with Beijing and avoid upsetting key ally Donald Trump, on the eve of a summit with their BRICS counterparts from Russia, India and South Africa. (Photo by Pavel Golovkin / POOL / AFP)

Da Redação
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O partido Aliança pelo Brasil, que o presidente Jair Bolsonaro trabalha para tirar do papel, terá nesta quinta-feira, 21, a sua convenção de lançamento, sob forte discurso de respeito a Deus, a religiões e de oposição a movimentos de esquerda.

Em um auditório lotado de um hotel de luxo de Brasília, a advogada Karina Kufa fez a leitura dos princípios do partido. “O povo deu norte da nova representação política. Em 2019, novo passo precisa ser dado. Criar partido que dê voz ao povo brasileiro”, afirmou.

Karina Kufa afirmou que o partido é conservador, comprometido com a liberdade e ordem, soberanista e de oposição às “falsas promessas do globalismo”.

O programa tem os seguintes princípios:

  • Respeito a Deus e à religião
  • Respeito à memória e à cultura do povo brasileiro
  • Defesa da vida
  • Garantia de ordem e da segurança

O programa afirma que o partido “reconhece o lugar de Deus na vida, na história e na alma do povo brasileiro”. Há ainda defesa da posse de armas. Karina disse que o partido “se esforçará para divulgar verdades sobre crimes do movimento revolucionário, como comunismo, globalismo e nazifascismo”. Ainda segundo a advogada, o partido estabelecerá relações com siglas e entidades de países que “venceram o comunismo”, como os do Leste Europeu.

“O Aliança pelo Brasil repudia o socialismo e o comunismo”, disse Karina. A frase foi bastante aplaudida pelos presentes. A plateia começou a gritar: “A nossa bandeira jamais será vermelha”.

A maioria dos parlamentares do PSL, que pretendem migrar para a nova sigla, ocupava as primeiras fileiras do auditório. Alguns não conseguiram lugar nas primeiras cadeiras porque chegaram mais tarde. Outros quase não conseguiram entrar. Havia ainda dezenas de apoiadores ao lado de fora do auditório, por causa da lotação. Apenas poucos jornalistas tiveram acesso ao auditório principal.

Bolsonaro diz querer que novo partido ‘reze nossa cartilha’

Em discurso proferido no começo da tarde desta quinta-feira, 21, durante a primeira convenção nacional da Aliança pelo Brasil, partido que pretende fundar, o presidente Jair Bolsonaro disse querer uma nova legenda “que reze nossa cartilha”. “Assim atingiremos de verdade os nossos objetivos”, explicou.

A fala de Bolsonaro foi feita a uma plateia inflamada, com seus apoiadores participando, aos gritos, em apoio ao presidente. Não faltaram também críticas da plateia a parlamentares vistos pelos bolsonaristas como “traidores”, como o deputado federal por São Paulo Alexandre Frota, agora no PSDB. Aos apoiadores, o presidente Bolsonaro disse que críticas ao governo são bem-vindas, mas pediu comedimento. “Vamos fazer críticas, mas moderadas”, disse.

Abertura comercial

O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse nesta quinta-feira, 21, durante convenção do Aliança pelo Brasil, partido que tenta fundar, que o Brasil ainda é “um dos países mais fechados para fazer negócios do mundo” e se comprometeu com uma abertura comercial que mude esse cenário.

“Ouso dizer que ainda beiramos o socialismo para negócios no mundo”, disse o presidente.

Bolsonaro também mencionou dificuldades de infraestrutura que afetam o País e falou em “integrar o Brasil pelo modal ferroviário”.

O presidente aproveitou a ocasião para agradecer ao Congresso Nacional pelas aprovações de reformas de interesse do governo, como a do sistema previdenciário.

“O parlamento tem ajudado, e precisamos dele”, disse Bolsonaro.

Estadão Conteúdo

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