O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o Parlamento vai continuar trabalhando de forma independente e defendeu o respeito às decisões dos Poderes. Em entrevista à Rádio Tupi, Mara falou sobre as falas de Jair Bolsonaro e seu filho, Eduardo, acerca da operação da Polícia Federal (PF) que investiga acusados de criar rede de divulgação de fake news.
Para Rodrigo Maia, Bolsonaro tem direito de criticar a operação, mas decisões judiciais têm que ser cumpridas e respeitadas. “A gente não pode ser a favor de uma decisão do Judiciário porque é um adversário nosso, e ser contra quando acontece com um aliado. As nossas leis precisam ser respeitadas”, disse.
Rodrigo Maia voltou a defender a investigação que apura a rede de fake news e afirmou que esse movimento busca criar uma narrativa contra as instituições democráticas.
“É um problema no Brasil e no mundo, que tem interferido no processo eleitoral. [Muitas dessas redes de fake news] estão vinculadas em apoiamento ao presidente. Eu sei porque sou vítima e elas vêm no intuito de ampliar e criar um ambiente e uma narrativa da sociedade contra as intuições democráticas. São narrativas falsas que precisam ter uma resposta do Judiciário e uma lei que responsabilize as plataformas”, criticou Maia.
Maia afirmou que não acredita que a ordem democrática sofra algum tipo de ruptura institucional e criticou a declaração do filho do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro, que afirmou que não seria uma questão de se, mas quando ocorreria uma ruptura. Segundo Maia, os partidos podem encaminhar o deputado ao Conselho de Ética se entenderem que Eduardo Bolsonaro cometeu algum crime.
“A frase é muito ruim, muito grave. Nós vamos continuar trabalhando para que as instituições continuem trabalhando de forma independente e tentando ao máximo o diálogo e a harmonia”, disse o presidente da Câmara.
“É muito grave (a declaração), mas vamos continuar trabalhando para que as instituições trabalhem de forma independente e tentando ao máximo o diálogo e a harmonia”, afirmou Rodrigo Maia.
Com informação da Agência Câmara