Rafaella Panceri
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A segurança pública do Distrito Federal terá um delegado de Polícia Federal no comando a partir de 1º de janeiro de 2019. Anderson Gustavo Torres é o escolhido do governador eleito Ibaneis Rocha (MDB) para comandar a pasta pelos próximos quatro anos. O convite foi feito na última terça-feira (6) e a elaboração de projetos para a gestão começa na próxima semana.
Segundo Torres, direitos humanos serão prioridade para a secretaria. Além disso, delegacias serão reabertas e inauguradas para melhorar o atendimento ao público e dar celeridade às investigações policiais. A intenção da pasta será, de maneira geral, devolver a sensação de segurança ao brasiliense. “Nesse País, melhor lugar não há. Quero trazer de volta níveis aceitáveis de segurança para que as pessoas vivam tranquilas”, expõe.
Durante a próxima semana, o secretário deve visitar o futuro local de trabalho e conversar com os dirigentes das forças policiais — Polícia Militar e Polícia Civil. “O governador fez o convite e pediu que eu me inteirasse da situação e elaborasse projetos para 2019”, conta. Os nomes dos dirigentes do Corpo de Bombeiros Militar do DF e do Departamento de Trânsito (Detran) ainda estão em discussão. “Escolheremos os melhores”, garante.
Sobre priorizar a pauta dos direitos humanos, afirma: “isso não é decisão nossa. Está dentro da lei. Não nos resta alternativa. Como servidores públicos, temos que fazer isso, respeitando inclusive os acordos internacionais”. Como exemplo prático, ele cita a atuação da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap) e uso de tornozeleiras eletrônicas por detentos.
Outra medida prioritária na gestão será abrir delegacias fechadas. “Para proporcionar à população o atendimento que ela merece”, define. “Isso vai melhorar também a investigação. A gestão será forte em incentivo à inteligência, investigação e operações policiais.”
Afinidade com Bolsonaro e Moro
Colega do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), Torres diz ter afinidade, inclusive, com o futuro ministro da justiça, Sérgio Moro. “Eu trabalhava na Câmara dos Deputados e lá acabamos desenvolvendo uma relação de trabalho. Não espero nenhum privilégio em relação ao Governo Federal por isso”, diz, ao se referir à amizade com Bolsonaro.
“Sergio Moro é um profissional muito admirado na Polícia Federal. Trabalhei na Diretoria de Combate ao Crime Organizado de Curitiba e, por isso, tive contato com a Justiça da cidade. Temos uma relação profissional”, explica.