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Política & Poder

Mourão diz que “sempre houve” homossexualidade nas Forças Armadas

O vice-presidente elogiou o coronel Ustra dizendo que ele “foi um exemplo de soldado para mim”

Redação Jornal de Brasília

17/07/2019 17h01

Da Redação
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Mourão, vice-presidente da República afirmou que sempre existiu homossexualidade dentro das Forças Armadas, mas “dentro da disciplina e da hierarquia”.

“É uma questão delicada. Transgênero só existe um caso ou dois, se houver. Homossexualidade sempre houve, agora, dentro da disciplina e da hierarquia”, disse Mourão.

O vice elogiou a atuação do coronel Brilhante Ustra, único declarado torturador durante a ditadura militar pela Justiça: “Foi um exemplo para mim”.

Mourão disse se identificar com todos aqueles que cumprem um dever e disse não considerar Ustra torturador. Mourão foi comandado do coronel entre 1978 e 1979, no 16º Grupo de Artilharia de Campo, em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul.

“A maioria das pessoas presas durante aquele período argumenta que foi torturada. Acho que alguns podem ter ocorridos e outros não, mas desconheço que o coronel Ustra tenha feito isso pessoalmente. Ele foi meu comandante dois anos e foi um exemplo de soldado para mim”, pontuou.

Apesar da admiração, Mourão afirmou que nenhuma tortura é justificável. “Eu me identifico com aquele que cumpre seu dever, custe o que custar. Eu não justifico a tortura em circunstância nenhuma. Acho que a tortura se aproveita da incapacidade do prisioneiro”, disse, ao nomear a ditadura como “período de presidentes militares”.

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