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Política & Poder

Morre, em Brasília, João Alves Filho, ex-governador de Sergipe

Ex-político estava internado desde a semana passada após sofrer parada cardíaca. No sábado (21), João Alves Filho foi diagnosticado com covid-19

Redação Jornal de Brasília

25/11/2020 9h41

O ex-governador de Sergipe João Alves Filho veio a óbito no fim da noite de terça-feira (24), aos 79 anos. Filho estava internado em estado grave desde a semana passada no Hospital Sírio Libanês, no Distrito Federal, por conta de uma parada cardíaca sofrida em casa no dia 18.

No sábado (21), o ex-governador foi diagnosticado com covid-19. Em seguida, a família chegou a dizer que João Alves Filho respirava com ajuda de aparelhos, estava com as funções renais paralisadas, e que o quadro de saúde era “clinicamente irreversível”.

Antes, a filha Ana Alves havia afirmado que o pai havia demorado a voltar da parada cardíaca. “Rezem por ele”, pediu.

Além da parada cardíaca sofrida e do quadro de covid-19, João Alves Filho, que também já foi ministro do extinto Interior, sofria de alzheimer.

O corpo do ex-governador sergipano será cremado no Cemitério Jardim Metropolitano, em Valparaíso de Goiás-GO. João Alves Filho deixa a esposa, a senadora Maria do Carmo Alves (DEM), e mais três filhos e quatro netos.

Carreira

Nascido em 1941 na capital de Sergipe, Aracaju, João Alves Filho era filho do empresário da construção civil João Alves e de Maria de Lourdes Gomes. Ingressou na construtora da família em 1960 e cursou Engenharia Civil na Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia.

A entrada definitiva na política aconteceu em 1975, quando assumiu a prefeitura de Aracaju por indicação do governo militar Nessa época, era filiado à Aliança Renovadora Nacional (Arena). Depois do fim do mandato, se distanciou da política por alguns anos e viria a se candidatar novamente apenas em 1982, dessa vez para o governo de Sergipe. Foi eleito, naquela que foi a primeira eleição direta no Estado após 20 anos, filiado ao Partido Democrático Social (PDS).

Durante o seu primeiro mandato como governador, desenvolveu o programa Chapéu de Couro, que consistia em promover a perfuração de poços artesianos e a construção de cisternas na região do agreste, entre outras medidas, para combater a seca e desenvolver a região e desenvolver a região rural. Em 1987, foi nomeado ministro do Interior pelo então presidente, José Sarney. Deixou o ministério em 1990, quando o mesmo foi extinto pelo novo presidente Fernando Collor de Melo.

Alves voltou a ser governador de Sergipe em mais duas ocasiões: em 1990 e em 2002. Perdeu, porém, outras três disputas para o governo do Estado: em 1998, 2006 e 2010. Em 2012, voltou à prefeitura de Aracaju e lá permaneceu nos quatro anos seguintes. Estava filiado ao DEM desde 2007.

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