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Política & Poder

Moro quer que seja instaurado inquérito na PGR sobre morte de Marielle

Ministro acredita que pode haver equívoco por parte do porteiro, ou até mesmo um uso irregular da fala cometido por terceiros

Willian Matos

30/10/2019 13h28

Brazil’s Justice Minister Sergio Moro attends a commission of Constitution and Justice in the Brazilian Federal Senate in Brasilia, Brazil June 19, 2019. REUTERS/Adriano Machado

Willian Matos
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Na manhã desta quarta-feira (30), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, encaminhou um ofício à Procuradoria Geral da República (PGR) pedindo que seja instaurado um inquérito para a apuração da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Para Moro, é possível que haja equívoco nas investigações. Ele também não descarta uma “eventual tentativa de envolvimento indevido do nome do presidente da República”. “É ainda possível que o depoente em questão tenha simplesmente se equivocado ou sido utilizado inconscientemente por terceiros para essas finalidades”, acrescenta o ministro.

Denúncia

Na noite de terça-feira (29), o Jornal Nacional publicou reportagem com análise do controle de visitas do condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, no qual Bolsonaro possui dois imóveis. Ele morava em um deles antes de virar presidente, e o filho dele, Carlos Bolsonaro, reside em outro.

A casa 58 do condomínio Vivendas da Barra pertence a Bolsonaro. Élcio, quando chegou ao condomínio, afirmou que queria ir à casa do presidente, segundo o porteiro. Este porteiro ligou para a residência e, ainda de acordo com o funconário, alguém com a voz parecida com a de Bolsonaro atendeu e permitiu que Élcio fosse ao imóvel.

Élcio entrou, mas tomou rumo diferente. Ele seguiu para a casa de Ronnie Lessa, suspeito de atirar em Marielle e no motorista Anderson. Percebendo que a trajetória foi alterada, o porteiro ligou para a casa 58, de Bolsonaro. Quem atendeu disse que sabia onde Élcio estava indo.

No dia do assassinato de Marielle, 14 de março de 2018, Bolsonaro, então deputado, ainda morava no local. No entanto, de que o ponto eletrônico da Câmara dos Deputados, em Brasília, atestava a presença do político na capital federal, sendo supostamente impossível o agora presidente da República estar em casa, no Rio de Janeiro.

 

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