O ministro do Esporte, rx Orlando Silva, afirmou hoje que a decisão de devolver os R$ 30.870,38 gastos com o cartão corporativo foi pessoal e tomada por indignação. O valor gasto por servidores e funcionários do ministério – antepenúltimo na lista das pastas que mais gastaram com o cartão, disse o ministro – não foi recolhido ao Tesouro Nacional.
“Minha decisão é pessoal. Eu fiquei indignado com certas insinuações que poderiam atingir a minha honra”, disse o ministro em entrevista concedida em São Paulo. “Vou requerer aos órgãos de controle que façam todas as auditorias necessárias para que não paire dúvida quanto à correção do meu comportamento.”
Para o ministro, a questão dos cartões corporativos extrapolou o âmbito da gestão pública e passou a ser debatida na agenda política nacional. Segundo ele, o tema foi usado como arma para ataques da oposição e nem sempre foi tratado racionalmente pela imprensa.
De acordo com o ministro, o pagamento de uma tapioca com o cartão corporativo foi um exemplo disso. Segundo ele, o cartão foi usado por engano, devido à similaridade com seu cartão de crédito pessoal. Silva disse que detectou o erro ainda no ano passado e que, em outubro, ressarciu a União. Mesmo assim, o “caso da tapioca” tomou grandes proporções, ressaltou.
O ministro observou que o estudo publicado no Portal da Transparência contém alguns erros de datas e afirmou que a publicação de seus dados sem checagem acabou causando confusões. “Há gastos feitos nos dias 19 e 20 de outubro que foram apontados no estudo como do dia 22. Isso é muito importante, mas essa informação não foi veiculada pela imprensa”, criticou.