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Política & Poder

Marco Aurélio Mello conta que ficou “estarrecido” com postura de desembargador

“A autoridade na rua é o guarda, não o desembargador”, declarou o ministro. Ele lembrou um episódio em que também foi abordado por um guarda

Redação Jornal de Brasília

21/07/2020 10h10

(Nelson Jr./SCO/STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello conta que ficou “estarrecido” com a postura do desembargador paulista Eduardo Siqueira. No último fim de semana, Siqueira insultou e agrediu verbalmente  o guarda municipal de Santos-SP Cícero Hilário Neto após se recusar a usar máscara em uma praia da região.

“A autoridade na rua é o guarda, não o desembargador”, declarou o ministro. “Somos autoridades no tribunal, com a capa nas costas. Na rua, somos cidadãos”. As informações são do jornalista Josias de Souza, colunista do portal UOL. 

Marco Aurélio conta, inclusive, um episódio onde também foi abordado por uma autoridade, ao sair de um show musical com a esposa, a desembargadora do Tribunal de Justiça do DF (TJDFT), Sandra de Santis Mendes de Farias Mello. Diferentemente do desembargador, ele lembra que agiu corretamente. 

“Fomos parados por uma patrulha de trânsito, na entrada da minha quadra. O guarda me reconheceu. Disse: ‘Ministro, o senhor me perdoe, mas poderia me passar os seus documentos?’ Atendi imediatamente. Não me ocorreu dar nenhuma carteirada. Ali, eu era um cidadão. A autoridade era o guarda de trânsito.”

O ministro disse que espera por uma punição do desembargador. Para ele, cabe ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça de São Paulo punir Eduardo Siqueira. O comportamento inadequado do magistrado não prejudicou apenas os guardas municipais de Santos. “Atinge a todos nós do Judiciário.”

Relembre o caso comentado pelo ministro Marco Aurélio Mello:

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