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Política & Poder

Mansueto não descarta outro contingenciamento

Novo congelamento, no entanto, deverá ser de “pequena magnitude”, uma vez que há pouco espaço depois de mais de R$ 30 bilhões já terem sido cortados

Willian Matos

04/07/2019 13h22

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, confirmou que o governo “possivelmente” fará um novo contingenciamento se houver corte na estimativa oficial do PIB e não houver receita extra, cenário que está se desenhando. Segundo o secretário, um novo congelamento, no entanto, deverá ser de “pequena magnitude”, uma vez que há pouco espaço depois de mais de R$ 30 bilhões já terem sido cortados. 

“A SPE (Secretaria de Política Econômica) está revendo o PIB, sabemos que não será mais 1,6%. E não vamos ter surpresa para cima em receita de petróleo. Se PIB cair e não tiver receita extra, possivelmente terá outro contingenciamento”, afirmou. 

O secretário disse que a nova projeção para o PIB deve ficar entre 0,8% e 1,2%, mas ressaltou que a projeção de PIB não cabe à sua secretaria. 

Questionado sobre como o governo fará para cumprir promessas ao Legislativo durante a tramitação de projetos como a reforma da Previdência e da regra de ouro de autorizar despesas defendidas pelos parlamentares, Almeida disse que o governo terá que cortar de outros lugares. “De onde vai tirar, é decisão política. Eu só pago a conta”, concluiu.

Regra mais uniforme possível

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro tenta emplacar regras mais brandas Mansueto disse que “um dos pontos básicos da reforma da Previdência e ter regra mais uniforme possível”. 

Almeida evitou se alongar no assunto, mas lembrou que as regras da reforma já foram modificadas para prever que policiais tenham uma idade mínima de aposentadoria (55 anos) menor do que a geral (62 anos para mulheres e 65 para homens). 

O secretário elogiou a última versão do relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) apresentado na quarta-feira e ressaltou a economia de mais de R$ 1 trilhão prevista. “A reforma prevista no relatório de Moreira é robusta”, concluiu.

Estadão Conteúdo

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