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Política & Poder

Manifestantes contra o governo são presos em SP

Operação está sendo realizada para evitar confrontos entre esses manifestantes e o grupo pró-governo, que se concentra a poucos metros, em frente à Fiesp

Marcus Eduardo Pereira

31/05/2020 18h27

Atualizada 01/06/2020 5h37

A Polícia Militar de São Paulo informou, por meio da sua assessoria de imprensa, que alguns manifestantes que participavam de ato contra o governo de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista foram detidos com artefatos químicos, fogos de artifício e canivetes.

Os detidos estão sendo encaminhados ao 78º Distrito Policial, nos Jardins, zona sul da capital paulista. O número total não foi informado pela PM. A assessoria de imprensa do órgão diz que a operação ainda está em andamento.

Ato na Avenida Paulista foi dispersado após pedras jogadas em policiais, diz PM

O secretário-executivo da Polícia Militar de São Paulo, Coronel Álvaro Batista Camilo, afirmou há pouco à Globonews que a dispersão, por parte da tropa, do ato pró-democracia no vão livre do Masp, Avenida Paulista, na tarde deste domingo ocorreu após pedras serem jogadas contra policiais. Ele defendeu que a operação está sendo realizada para evitar confrontos entre esses manifestantes e o grupo pró-governo, que se concentra a poucos metros, em frente à Fiesp.

“(Os manifestantes) Partiram para um radicalismo muito forte, ao confronto com a polícia. Não é o que geralmente acontece”, disse o coronel.

Ele ressaltou, contudo, que não é possível saber de que lado vieram as pedras – dos manifestantes antigoverno ou dos favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro. “Vimos animosidades dos 2 grupos (pró e antigoverno) na Avenida Paulista”, disse. “E o Choque (Batalhão de Choque da PM) está lá exatamente por isso, para evitar que eles se confrontem ainda mais.”

Coronel Camilo defendeu ainda que a Polícia Militar de São Paulo não defende “partido nem grupos ideológicos” e que, por orientação inclusive do governador João Doria (PSDB), deve defender a democracia e a liberdade de expressão.

Kataguiri diz que violência em atos pró-democracia alimenta discurso autoritário

Um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL), o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) afirmou à Globonews neste domingo, 31, que as cenas de violência vistas no ato pró-democracia na Avenida Paulista alimentam um discurso autoritário por parte do presidente Jair Bolsonaro.

“Isso tira o foco do autoritarismo, da delinquência e da corrupção por parte do governo”, afirmou o deputado.

Kim defendeu a necessidade de atos contra o presidente, mas ponderou que eles têm de ser pacíficos. Ele afirmou ainda que causar aglomerações no momento da pandemia do coronavírus pode ser grave.

Estadão Conteúdo

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