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Política & Poder

Maia: não quero ser presidente enquanto as contas públicas não forem organizadas

Aline Rocha

16/09/2019 16h50

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta segunda-feira, 16, que não pretende se candidatar à Presidência da República enquanto as contas públicas do País não forem organizadas. O parlamentar, que participou de evento organizado pelo Brasil de Ideias, fez a afirmação ao responder uma pergunta da plateia sobre qual seria o seu futuro político.

“O futuro a Deus pertence. Estou bem como deputado”, disse acrescentando que não pretende ser presidente da República enquanto as contas públicas não forem organizadas. Maia disse que tem visto as agruras dos presidentes, governadores e prefeitos que “apanham” todos os dias da sociedade e que não quer isso para ele. “Não quero ser (do poder) Executivo enquanto as contas públicas não forem organizadas”, enfatizou, arrancando risadas da plateia.

Reforma que só simplifica impostos manterá a carga tributária alta

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta segunda-feira, 16, que uma reforma que apenas simplifique os impostos manterá a carga tributária ainda muito elevada. O deputado participa nesta segunda, em São Paulo, de evento organizado pelo Brasil de Ideias.

Maia destacou que a referência da proposta apresentada pelo economista Bernard Appy é muito positiva. Ainda de acordo com o parlamentar, o caminho para o Brasil é o da organização dos impostos de bens e serviços.

O presidente da Câmara criticou durante o evento os altos salários nas esferas governamentais e disse que os salários de alguns servidores do Executivo superam em 67% os salários.

“A Câmara, sem os deputados, custa ao Brasil R$ 4,5 bilhões por ano”, disse Maia, para quem é preciso que a sociedade passe a ter conhecimento da estrutura salariais no setor público. Para ele, se muitas das pessoas que hoje são contra a privatização da Eletrobras conhecessem a estrutura salarial da estatal certamente apoiariam a privatização da empresa.

Maia disse que o Parlamento continua esperando que o governo envie a sua proposta de reforma tributária. De acordo com ele, seria muito positivo ter uma proposta do Executivo à mesa para ser discutida.

Perguntado sobre quais são suas impressões sobre o pacto federativo, defendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, Maia disse que “pacto federativo é organizar melhor as atividades dos entes federativos e desindexar as despesas públicas”.

O presidente da Câmara voltou a dizer que o momento não é o adequado para se discutir a flexibilização do teto dos gastos, discussão que ganhou muita força nos últimos dias como sendo a solução para o governo passar a ter recursos para investir. “Acho que só deveríamos discutir o teto dos gastos depois que controlarmos as despesas”, disse.

 

Estadão Conteúdo

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