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Política & Poder

Maia diz em nota que visita de Mike Pompeo não condiz com boa prática diplomática

“A visita do Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, nesta sexta-feira, às instalações da Operação Acolhida, em Roraima, […] não condiz com a boa prática diplomática internacional”, diz a nota

Redação Jornal de Brasília

18/09/2020 19h27

Foto: Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), classificou a visita do secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, a Roraima, faltando 46 dias para a eleição presidencial americana, como não condizente com a “boa prática diplomática internacional”.

“A visita do Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, nesta sexta-feira, às instalações da Operação Acolhida, em Roraima, junto à fronteira com a Venezuela, no momento em que faltam apenas 46 dias para a eleição presidencial norte-americana, não condiz com a boa prática diplomática internacional e afronta as tradições de autonomia e altivez de nossas políticas externa e de defesa”, disse Maia em nota divulgada nesta sexta-feira, 18.

Maia diz ainda se ver na obrigação de reiterar os princípios da Constituição sobre as relações internacionais. “Em especial, cumpre ressaltar os princípios da: (I) independência nacional; (III) autodeterminação dos povos; (IV) não-intervenção; e (V) defesa da paz”, disse.

Confira a nota na íntegra:

“A visita do Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, nesta sexta-feira, às instalações da Operação Acolhida, em Roraima, junto à fronteira com a Venezuela, no momento em que faltam apenas 46 dias para a eleição presidencial norte-americana, não condiz com a boa prática diplomática internacional e afronta as tradições de autonomia e altivez de nossas políticas externa e de defesa.

Como Presidente da Câmara dos Deputados, vejo-me na obrigação de reiterar o disposto no Artigo 4º da Constituição Federal, em que são listados os princípios pelos quais o Brasil deve orientar suas relações internacionais. Em especial, cumpre ressaltar os princípios da: (I) independência nacional; (III) autodeterminação dos povos; (IV) não-intervenção; e (V) defesa da paz.

Patrono da diplomacia brasileira, o Barão do Rio Branco deixou-nos um legado de estabilidade em nossas fronteiras e de convívio pacífico e respeitoso com nossos vizinhos na América do Sul. Semelhante herança deve ser preservada com zelo e atenção, uma vez que constitui um dos pilares da soberania nacional e verdadeiro esteio de nossa política de defesa.”

Rodrigo Maia,

Presidente da Câmara dos Deputados

Estadão Conteúdo

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