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Política & Poder

Macron não descarta solicitar status internacional à Amazônia

Mais cedo a PF chegou na Amazônia para Operação Verde Brasil, que mira eventuais delitos ambientais na região da Floresta Amazônica

Redação Jornal de Brasília

26/08/2019 18h54

A dead bird is pictured at a burning tract of the Amazon jungle in Porto Velho, Brazil August 25, 2019. REUTERS/Ricardo Moraes

O G-7, grupo de países mais ricos do mundo, prometeu nesta segunda-feira, 26, liberar em caráter de urgência US$ 20 milhões, o equivalente a R$ 83 milhões, para enviar aviões-tanque para combater os incêndios na Amazônia. O presidente da França, Emmanuel Macron, questionou a conveniência de conferir um status internacional à floresta caso os líderes da região tomem decisões prejudiciais ao planeta.

A fala de Macron é uma clara alusão ao presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PSL), que o acusou de ter uma “mentalidade colonialista” por exigir uma ação internacional a respeito da região.

Associações e organizações não governamentais (ONGs) levantaram a questão de definir um status internacional para a Amazônia.

“Este não é o quadro da iniciativa que estamos tomando, mas é uma questão real que se impõe se um Estado soberano tomar medidas concretas que obviamente se opõem ao interesse de todo o planeta”, disse Mácron. “As conversas entre (Sebastián) Piñera (presidente do Chile) e Bolsonaro não vão nessa direção, acho que ele está ciente desse assunto. Em qualquer caso, quero viver com essa esperança.”

Segundo o presidente francês, esse status “é um caminho que permanece aberto e continuará a florescer nos próximos meses e anos”. “A questão é tal no plano climático que não podemos dizer ‘Este é um problema só meu’. É o mesmo para aqueles que têm espaços glaciais em seu território ou que impactam o mundo inteiro.”

Ele garantiu, no entanto, que construiu a iniciativa que será proposta às Nações Unidas “para respeitar a soberania de cada país”. 

PF chegou na Amazônia 

A Polícia Federal iniciou nesta segunda-feira, 26, a Operação Verde Brasil, que mira eventuais delitos ambientais na região da Floresta Amazônica.

“A PF se junta às Forças Armadas, ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente – IBAMA e à Força Nacional para a atuação conjunta nas áreas de fronteira, nas terras indígenas e nas unidades federais de conservação ambiental, dando cumprimento ao Decreto nº 9.985/2019, que visa estabelecer ações para a garantia da lei e da ordem”, afirma a corporação.

Na manhã de hoje, um avião da Força Aérea Brasileira – FAB decolou da Base Aérea de Brasília levando uma equipe de policiais federais composta por delegados, escrivães, agentes e peritos criminais para a região.

Segundo a PF, “além desse efetivo especialmente deslocado para a operação, todas as Superintendências e Delegacias localizadas na Amazônia Legal estão mobilizadas em tempo integral para identificar e reprimir qualquer ação criminosa na esfera ambiental”.

“A PF esclarece, ainda, que em cumprimento a Despacho do Sr. Presidente da República, instaurou inquérito policial para investigar a possível existência de ações premeditadas que teriam ocasionado queimadas e focos de incêndio criminosos na área da Floresta Nacional de Altamira”, afirma.

Estadão Conteúdo.

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