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Política & Poder

Lula discute reconstrução do Haiti na visita à Noruega

Arquivo Geral

05/09/2007 0h00

O processo de estabilização da paz e reconstrução do Haiti será um dos temas centrais da visita de Estado que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará a Oslo, treat nos dias 13 e 14 deste mês. O assunto será debatido na segunda edição do seminário Brasil-Noruega: Paz, Reconciliação e Mediação, promovido pelos dois países para troca de experiência sobre promoção da paz em áreas de conflito e auxílio a países em fase de reconstrução. O primeiro seminário do gênero foi realizado em 2003, durante visita do rei Harald 5º e da rainha Sonja ao Brasil.

“A segunda edição terá como foco o Haiti, à luz da presença brasileira na Minustah, do trabalho que temos feito de reconstrução do Haiti e à luz, também, da parceria que Brasil e Noruga têm no Haiti”, justifica a embaixadora Maria Edileuza Fontenele Reis, chefe do Departamento da Europa do Ministério das Relações Exteriores. Em parceria com a Noruega, a organização não-governamental Viva Rio desenvolve projeto de desenvolvimento local em Porto Príncipe, capital do Haiti – a atuação envolve ações como a reconstrução de cisternas e a recuperação de favelas.

A agenda do presidente na Noruega também prevê a realização de seminário empresarial, com executivos brasileiros e noruegueses, sobre biocombustíveis e sobre oportunidades de investimento no Brasil a partir do programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo Maria Edileuza, 120 empresas norueguesas já estão presentes no Brasil. A Petrobras e a petrolífera norueguesa Statoil trabalham em conjunto na prospecção e exploração em águas profundas. Já a norueguesa Norsk atua em parceria com a Vale do Rio Doce – detêm 34% da refinaria Alunorte e 5% da Mineração Rio do Norte. Outro grupo norueguês, o Aker, atua na produção de plataformas e nos campos submarinos de petróleo. Também estão no Brasil empresas norueguesas produtoras de fertilizantes. “Esperamos que a visita atraia ainda mais investidores”, diz a embaixadora.

De acordo com a diplomata, o Brasil também quer dinamizar o turismo – anualmente o país recebe cerca de 30 mil turistas noruegueses. “Esses turistas têm uma parcela de investimentos na compra de imóveis no Brasil, que também é estimulante”, afirma.

Setor que interessa particularmente ao Brasil é a troca de experiências, com a Noruega, no setor de pesca. “A Noruega é talvez o maior exportador mundial de pescado e nossa Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca já está em entendimentos com sua contraparte lá para trabalhar na transferência de tecnologia e intercâmbio de pesquisadores”, revela a embaixadora. Ela afirma, porém, que ainda não será possível assinar acordo na área. “Mas vamos aprofundar os entendimentos”, ressalta. O único acordo que deve ser assinado entre os dois países possibilitará o trabalho de dependentes de diplomatas e funcionários governamentais de um país no outro.

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