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Política & Poder

Juiz vê ‘delitos graves’ na ação de supostos hackers de celular de Moro

Em 13 páginas, o juiz da 10ª Vara Federal de Brasília fundamentou a ordem de prisão temporária de suspeitos de hackear o celular de Sérgio Moro

Aline Rocha

24/07/2019 14h28

Atualizada 25/07/2019 10h22

Foto: Adriano Machado/Reuters

Em 13 páginas, o juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira, fundamentou a ordem de prisão temporária de Gustavo Henrique Elias Santos, de sua mulher, Suellen Priscila de Oliveira, Walter Delgatti Neto e Danilo Cristiano Marques, investigados por suspeita de hackear o celular do ministro da Justiça Sérgio Moro, delegados da Polícia Federal e juízes. Todos foram presos nesta terça-feira, 23, pela PF na Operação Spoofing.

“Há fortes indícios de que os investigados integram organização criminosa para a prática de crimes e se uniram para violar o sigilo telefônico de diversas autoridades públicas brasileiras via invasão do aplicativo Telegram”, afirmou o juiz.

“As prisões temporárias dos investigados são essenciais para colheita de prova que por outro meio não se obteria, porque é feita a partir da segregação e cessação de atividades e comunicação dos possíveis integrantes da organização criminosa, podendo-se com isso partir-se, sendo o caso, para provas contra outros membros da organização e colheita de depoimentos de testemunhos sem a influência ou interferência prejudicial dos indiciados.”

Segundo o magistrado, “há também a necessidade da realização de buscas e apreensões nos endereços residenciais dos investigados, sendo, portanto, necessária a sua privação de liberdade, a fim de viabilizar a coleta de provas, sem que as oculte ou destrua ou que desapareçam por completo”.

“Os fatos relatados pela autoridade policial demonstram que os investigados são prováveis integrantes de organização criminosa e responsáveis pela prática de delitos graves”, anotou o magistrado.

 

Estadão Conteúdo

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