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Política & Poder

Jovem conta detalhes de suposto assédio do pastor Marco Feliciano

Arquivo Geral

06/08/2016 13h13

Zeca Ribeiro/ Câmara dos Deputados

A jovem que teria sido estuprada pelo deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) gravou um vídeo, obtido pela VEJA São Paulo, onde diz que, além do abuso ela teria sido ameaçada de morte por integrantes do Partido Social Cristão e que recusou dinheiro pelo seu silêncio. A jornalista brasiliense Patrícia Lelis, 22 anos, ex-militante do PSC jovem, cusa o parlamentar de tentativa de estupro, assédio sexual e agressão.

Nesta sexta-feira (5), o chefe de gabinete do deputado, Talmo Bauer, foi preso sob acusação de sequestro qualificado contra a jovem. O objetivo de Bauer seria abafar as denúncias. No dia anterior, Patrícia prestou depoimento à 4ª Delegacia da Polícia Civil de São Paulo.

De acordo com ela o caso ocorreu no dia 15 de junho, no apartamento funcional do parlamentar, em Brasília. Ex-presidente da juventude do partido, Patricia afirmou no vídeo gravado na delegacia ter sido convocada ao local para uma suposta reunião, mas encontrou o deputado sozinho. “Ele me prometeu um cargo alto no PSC com salário de R$ 15 mil se eu topasse ser sua amante. Eu neguei e ele ficou nervoso. Tentou tirar minha roupa à força, me deu um murro na boca e um chute na perna”, conta a jovem nas filmagens.

Patrícia Lélis conta que, no dia seguinte ela procurou o partido para pedir ajuda. Em resposta, teria recebido uma proposta de se calar em troca de dinheiro. Em seu depoimento, a jornalista diz que a proposta foi feita pelo presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo, que acompanhava o deputado Gilberto Nascimento (PSC-SP). Ela diz ter sido ameaçada de morte e passou a ser perseguida dentro da sigla.

Depois disso Bauer teria entrado em cena. Patrícia conta que o chefe de gabinete a procurou, ofereceu ajuda e aconselhou-a a esquecer a história. Essa conversa foi gravada e encaminhada a dois amigos, com a orientação de que deveriam divulgar o arquivo caso acontecesse algo com ela. No final de semana, Patrícia viajou a São Paulo e, segundo ela, foi forçada a gravar dois vídeos em que negava as agressões. Com os vídeos publicados na internet, os amigos dela estranharam seu comportamento e divulgaram o aúdio.

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