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Política & Poder

Joice Hasselmann vai à Justiça contra Bruno Covas e dá início à disputa eleitoral

A ação aponta a possibilidade de abuso de poder econômico (ao colocar o prefeito em vantagem em relação aos concorrentes), financiamento vedado e antecipação dos gastos de campanha por parte de Covas

Redação Jornal de Brasília

11/08/2020 14h27

Camila Mattoso
Brasília, DF

Deputada federal e pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, Joice Hasselmann (PSL-SP) acionou a Justiça Eleitoral para que Bruno Covas (PSDB) justifique um contrato de R$ 10,2 milhões com uma produtora e, dessa forma, deu a largada à disputa eleitoral na capital em 2020.

A judicialização das ações de concorrentes foi a tônica das eleições de 2018, especialmente em São Paulo, nos confrontos entre João Doria (PSDB) e Márcio França (PSB) pelo governo do estado.

O contrato da prefeitura com a a empresa YuYu Produções, revelado pela revista Crusoé, prevê o registro audiovisual e fotográfico de eventos do prefeito e a produção de vídeos de “caráter institucional, educativo, informativo de duração variada, função do propósito da comunicação”, bem como a realização de “programas destinados à exibição em espaços públicos (por exemplo, em salas de espera em unidades de saúde)”.

O contrato foi firmado em julho por meio de pregão eletrônico, uma modalidade mais rápida de licitação.

Joice Hasselmann e o PSL questionam o gasto de R$ 10 milhões no final de julho, dado que a publicidade institucional dos atos praticados por agentes públicos ficará suspensa a partir de 15 de agosto, segundo a legislação eleitoral.

A ação aponta a possibilidade de abuso de poder econômico (ao colocar o prefeito em vantagem em relação aos concorrentes), financiamento vedado e antecipação dos gastos de campanha por parte de Covas.

Ela argumenta, em suma, que o prefeito assinou um contrato público de valor elevado que poderá beneficiar sua campanha por meio da produção e divulgação de imagens de feitos de sua gestão à frente da administração municipal.

Nesse sentido, pede em caráter liminar que a prefeitura e a empresa apresentem o escopo do contrato e os valores pagos até o momento, além de cronograma de veiculação do material já produzido. Solicita também que Covas seja proibido de utilizar o material durante a campanha.

Por fim, pede que os representados apresentem durante o decorrer do processo todo o material produzido até a data das eleições, caso a liminar não seja aceita.

As informações são da FolhaPress

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