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Política & Poder

Guedes acusa Maia de acordo com a esquerda contra privatizações; Maia rebate: ‘Está desequilibrado’

Depois de críticas de que teria abandonado a pauta liberal de olho na reeleição do presidente Jair Bolsonaro, a ser disputada em 2022, Guedes reafirmou seu compromisso com as reformas

Redação Jornal de Brasília

30/09/2020 16h38

Rodrigo Maia e Paulo Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira, que há boatos de que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) fez um acordo com a esquerda para não pautar as privatizações. “Não há razão para interditar as privatizações”, afirmou.

Maia rebateu imediatamente ao Estadão/Broadcast: “Paulo Guedes está desequilibrado”.

Na terça-feira, 29, o presidente da Câmara já tinha criticado Guedes por, na visão do deputado, ter interditado o debate sobre a reforma tributária. Ele fez a declaração em uma rede social, um dia após o governo desistir de enviar a segunda fase da reforma tributária, que incluiria um imposto sobre transações digitais semelhante à CPMF. Não houve consenso entre o governo e líderes partidários. “Por que Paulo Guedes interditou o debate da reforma tributária?”, escreveu Maia em sua conta no Twitter.

Nesta quarta, depois de um resultado positivo na geração de empregos em agosto, Guedes apareceu de surpresa na entrevista marcada para comentar os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que mostrou a abertura de 249.388 vagas no mês de agosto.

“Superamos a fase em que precisávamos manter os sinais vitais da economia brasileira. Começamos a retomada do crescimento econômico em V, apesar do pessimismo e das críticas”, afirmou Guedes.

Depois de críticas de que teria abandonado a pauta liberal de olho na reeleição do presidente Jair Bolsonaro, a ser disputada em 2022, Guedes reafirmou seu compromisso com as reformas. “Estamos voltando para o trilho das reformas estruturantes. Vamos simplificar impostos e reduzir na reforma tributária. Tem muita articulação política em andamento ainda”, disse.

De acordo com o ministro, os cálculos são de que, em 10 anos, o Brasil receberá R$ 1,2 trilhão de investimentos. Ele citou como exemplo de sucesso o leilão de saneamento feito nesta quarta-feira em Maceió.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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