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Política & Poder

Governo troca direção do Inmet

Exoneração ocorre após o ex-diretor do instituto sofrer diversas críticas dos servidores que trabalham no órgão

Redação Jornal de Brasília

16/12/2020 9h57

Fachada do instituto nacional de meteorologia (INMET), em Brasília.

O Governo Federal exonerou o militar Carlos Edison Carvalho Gomes do cargo de diretor do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Agora, o posto será ocupado por Miguel Ivan Lacerda de Oliveira. A mudança foi publicada na edição desta quarta-feira (16) do Diário Oficial da União (DOU) e é assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Walter Souza Braga Netto.

A exoneração ocorre após o ex-diretor do instituto sofrer diversas críticas dos servidores que trabalham no órgão. Por meio de uma carta aberta à direção, os funcionários citaram várias mudanças “improdutivas e anacrônicas” realizadas durante a gestão de Carlos Edison. O documento foi divulgado pela revista Época.

O militar atuou na Aeronáutica e, de acordo com alguns servidores do Inmet, não possui um perfil coerente com o cargo de gestor. Ele foi nomeado em 2019 e, de acordo com a carta, o critério de escolha para o posto não foi estritamente técnico.

Entre as ações do militar, está a recomendação verbal para não citar a relação das fumaças de incêndios com as condições meteorológicas. Na época, a decisão desagradou especialistas do órgão.

Além disso, os servidores alegaram que o Inmet, que é vinculado ao Ministério da Agricultura, estaria sendo esvaziado institucionalmente com a centralização de trabalhos na sede em Brasília. Além disso, a meteorologia, função delegada ao instituto, passou a ser desempenhada também por outros órgãos federais, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ambos ligados ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

O novo gestor do Inmet, Miguel Ivan Lacerda de Oliveira, é analista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e está cedido, desde 2016, para o Ministério de Minas e Energia, onde atua como diretor de Biocombustíveis. Ele também é o responsável pelo desenvolvimento da Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). As informações estão na plataforma Lattes.

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