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Política & Poder

Governo cancela reunião de líderes sobre vetos presidenciais

Nesta segunda, o próprio líder do governo, Eduardo Gomes, reconheceu que o veto deve ser derrubado

Redação Jornal de Brasília

08/09/2020 6h01

A pedido do líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), a reunião de líderes da Câmara e do Senado agendada para esta terça-feira, 8, foi cancelada. O encontro foi marcado para discussão de vetos presidenciais pendentes de análise no Congresso, entre eles os do pacote anticrime e o da desoneração da folha de pagamentos.

Ao Estadão/Broadcast, o líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP), disse que um dos motivos para o cancelamento foi a falta de acordo sobre o veto da desoneração da folha de pagamentos. A manutenção do benefício para as empresas até 2021 foi incluída no texto de uma medida provisória pelo Congresso. O governo, no entanto, defende a regra atual, que prevê que a desoneração valerá até o fim deste ano.

Para o líder da Rede no Senado, Randolfe Rodrigues (AP), o adiamento da discussão é uma ação “coordenada” entre o governo e o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para adiar a análise do veto. “É uma ação do governo, claramente, para tentar empurrar com a barriga, mais uma vez, o veto da desoneração”, disse ao Estadão/Broadcast. Para ele, há maioria para reverter o veto de Bolsonaro.

Nesta segunda, o próprio líder do governo, Eduardo Gomes, reconheceu que o veto deve ser derrubado. Em entrevista à TV GloboNews, Gomes disse que o “Congresso conta com base muito mais sólida para apoiar o governo e as reformas” e que os vetos estão sendo negociados com a oposição. Ainda não há uma nova data para a reunião de líderes.

Pacote anticrime. Também não há acordo em relação aos vetos à lei anticrime, bandeira do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Entre os dispositivos vetados pelo presidente Jair Bolsonaro e que podem ser resgatados pelo Congresso, está o que triplica a pena para crimes contra honra quando são cometidos pela internet.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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