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Política & Poder

Fogo amigo: “Gabinete do ódio” prepara ofensiva contra ministra da Agricultura

A atuação da ala ideológica visa tirar a deputada licenciada do cargo da Esplanada dos Ministérios

Lucas Valença

13/07/2020 19h17

Foto: Reprodução

Apontado como um dos responsáveis pelo chamado “gabinete do ódio”, Carlos Bolsonaro, filho do presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido/RJ), deve elevar o tom das críticas contra a ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM/MS). A atuação da ala ideológica visa tirar a deputada licenciada do cargo da Esplanada dos Ministérios.

Tereza Cristina não agrada esta vertente presente no governo por ser próxima ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, do mesmo partido da ministra. Maia também é um dos representantes federais do Rio de Janeiro, reduto eleitoral da família Bolsonaro.

Desde quando assumiu o governo, ainda durante a transição, o nome da ministra chegou a ser endossado pela Frente Parlamentar do Agronegócio, na qual faz parte. Carlos Bolsonaro tem procurado atuar contra a atual gestão no Ministério da Agricultura.

Na semana da saída polêmica do ex-ministro Sérgio Moro do governo federal, Tereza Cristina, que já vinha sofrendo com ataques nas redes sociais por parte do chamado “gabinete do ódio”, chegou a esvaziar as gavetas do ministério, mas sua saída foi contida por integrantes da ala militar.

No dia seguinte ao fato, o presidente Jair Bolsonaro chegou a convidar Tereza Cristina para acompanhá-lo em um evento social e selar a paz.

Além da proximidade com Rodrigo Maia, a ministra possui boa relação com Carlos Marum, ex-deputado federal e atual integrante do conselho de Itaipu. Marum é um membro influente no MDB e próximo do ex-presidente Michel Temer e do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, preso após investigações da operação Lava Jato.

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