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Política & Poder

Flávio Bolsonaro diz não lembrar de ter pago apartamento com dinheiro em espécie

MP apura a compra de dois apartamentos em Copacabana, em 2012, supostamente feita com dinheiro de “rachadinha”

Redação Jornal de Brasília

13/08/2020 9h24

Em depoimento ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) respondeu sobre a compra de dois apartamentos em Copacabana, em 2012, supostamente feita com dinheiro de “rachadinha”. Flávio disse que não se recorda de ter comprado os imóveis com dinheiro em espécie.

Os promotores investigam a transação porque a compra dos imóveis foram registradas por R$ 310 mil. Flávio e a esposa, Fernanda Bolsonaro, pagaram um sinal de R$ 100 mil por meio de dois cheques em 6 de novembro de 2012. No dia 27 de novembro de 2012, foram entregues mais dois cheques, totalizando os R$ 310 mil.

No mesmo dia, o vendedor dos apartamentos depositou R$ 638 mil em dinheiro vivo. O banco em que o corretor depositou o dinheiro fica a uma rua do cartório onde a compra foi lavrada. Isto é, para o MP-RJ, os apês foram pagos por Flávio com dinheiro em espécie. As informações são do jornal O Globo.

Perguntado se pagou pelos apartamentos com dinheiro vivo, Flávio respondeu: “Que eu me recorde, não”. “Se eu não me engano, foi por transferência bancária esse sinal. Cheques. E, no dia, eu paguei as duas salas junto com a minha esposa no próprio cartório”, declarou o senador.

Flávio também disse que não se lembrava se ocorreu algum encontro em uma agência bancária. Sobre o fato de o vendedor depositar R$ 638 mil em dinheiro vivo, o senador comentou: “Se o cara tinha esse perfil, certamente não devia estar fazendo só isso, né?”

Mais sobre a transação

O vendedor dos imóveis era o americano Glenn Dillard, que negociou em nome dos proprietários, o engenheiro Charles Eldering e o médico Paul Maitino. Dillard depositou, no mesmo dia e ao mesmo tempo, os cheques e R$ 638,4 mil em dinheiro vivo. Ele não fez outras transações imobiliárias naquele semestre. Um ano depois da compra, Flávio revendeu os imóveis por R$ 813 mil.

Em nota, a defesa de Flávio disse que vai questionar na Justiça “as notícias de vazamento das peças e áudios do procedimento que tramita sob sigilo”.

 

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