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Política & Poder

Ex-executivos da Odebrecht são alvos de nova fase da Lava Jato

63ª fase da operação investiga pagamentos supostamente realizados aos ex-ministros Antônio Palocci e Guido Mantega

Willian Matos

21/08/2019 7h36

Willian Matos
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Na manhã desta quarta-feira (21), a A Polícia Federal (PF) deflagrou a 63ª fase da Operação Lava Jato, com o objetivo de investigar a suspeita de pagamentos feitos pela empreiteira Odebrecht a dois ex-ministros. A ação apura crimes de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de capitais.

A fase da operação foi denominada Carbonara Chimica. Os alvos dos mandados de prisão são dois ex-executivos da Odebrecht, Maurício Ferro e Newton de Souza, identificados na planilha da empreiteira como “Italiano” e “Pós-Itália”. Em depoimento, Marcelo Odebrecht afirmou que Italiano se referia ao ex-ministro Antônio Palocci e Pós-Itália era Guido Mantega.

Além dos dois mandados aos ex-executivos, Ferro e Serson, são cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, em São Paulo e na Bahia. Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba (PR).

A Justiça Federal determinou ainda o bloqueio de R$ 555 milhões dos investigados.

A Polícia Federal indicou que o nome da operação remete aos codinomes dos investigados na planilha da Odebrecht – “Italiano” e “Pós-Itália”. O primeiro se referia a Antonio Palocci e o segundo a Guido Mantega, ex-ministros dos governos Lula e Dilma ao fato de que os investigados eram identificados como “Italiano” e “Pós-Itália”, havendo ainda correlação com a atividade desenvolvida por uma das empresas envolvida no esquema

Segundo a PF, o pagamento da propina tinha como objetivo, entre outras coisas, a aprovação de Medidas Provisórias que instituiriam um novo refinanciamento de dívidas fiscais e permitiriam a utilização de prejuízos fiscais das empresas como forma de pagamento (Refis da Crise – MPs 470/2009 e 472/2009).

Os valores eram contabilizados em uma planilha denominada “Programa Especial Italiano”.

De acordo com a PF, há indícios de que parte dos valores indevidos teria sido entregue a um casal de publicitários como forma de dissimulação da origem do dinheiro.

Os presos serão levados para a sede da PF em São Paulo, e posteriormente transferidos para a Superintendência do Paraná, onde serão interrogados, indicou a corporação.

Com agências

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