Lucas Valença
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Em agenda intensa no Rio de Janeiro, o líder da minoria na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), deputado Fábio Felix (Psol), que também é presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Casa, tem buscado se inteirar sobre as “experiências e os laboratórios”, inclusive de órgãos internacionais, que procuram defender os Direitos Humanos.
O parlamentar reconhece que a cidade do Rio de Janeiro é um “espaço de muitas violações dos direitos humanos”, no entanto, também acredita que a antiga capital da República é um lugar de fomento de projetos de enfrentamento às violações humanas. “Essa agenda aqui no Rio é muito importante por isso. Também queremos aprender, com o Rio de Janeiro, as ferramentas de controle democrático, das instituições e de combate à violência do Estado”, afirmou.
Para o político, manifestações, em especial, contra o governo do presidente, Jair Bolsonaro, irão se intensificar nos próximos meses e até anos. Por ser a capital, Brasília se tornará local de diversos protestos, acredita Felix. É por essa razão que, às 17h, o distrital irá se reunir com a Anistia Internacional, reconhecido órgão defensor dos Direitos Humanos, para debater o assunto. “O governo Bolsonaro já deu sinais de que pretende impedir e cercear o direito à manifestação no país. Então, é muito importante que as organizações internacionais nos ajudem neste sentido, já que o DF será palco de grandes manifestações”, ressaltou.
Nesta quinta-feira (9), o deputado, junto com assessores, visitou a Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Segundo ele, o trabalho do órgão correlacionado servirá de inspiração para a atuação da CDH da CLDF. “Quando Marielle Franco e Marcelo Freixo estiveram à frente desse trabalho, tivemos avanços importantes nas áreas de segurança e de promoção da cidadania LGBT. Sem dúvidas, esse legado guiará nosso trabalho”, declarou Fábio Felix ao também se referir às escolas militarizadas do DF.
Assimilado durante as reuniões de ontem, o parlamentar entendeu ser necessário ampliar o Observatório da Militarização das Escolas, implementado no âmbito da CDH local, para uma maior participação da sociedade civil, das comunidades escolar e acadêmica e mais parlamentares do DF, além do apoio de entidades como o Instituto Igarapé, entidade também reconhecida internacionalmente por trabalhos com os jovens. Para além, pesquisadores e especialistas também serão convidados para ajudar na formulação de alternativas ao modelo adotado pelo governo Ibaneis Rocha (MDB).
Sem programação para este sábado, o deputado se despede da cidade carioca e retorna à capital logo cedo.
Confira agenda desta sexta-feira (10):
- Reunião com a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do RJ (Alerj);
- Visita ao Complexo do Alemão com Raul Santiago (Comunicador do Coletivo Papo Reto) – Debate sobre política de drogas e segurança pública;
- Reunião com a Anistia Internacional.