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Política & Poder

Em culto evangélico, Bolsonaro defende legalização do garimpo

O presidente também voltou a dizer que o governo irá questionar contratos firmados por administrações anteriores

Marcus Eduardo Pereira

04/08/2019 13h50

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) participa de culto na Igreja Batista Atitude ao lado da esposa, Michelle Bolsonaro, no Rio de Janeiro

Em um culto evangélico neste domingo, presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a legalização do garimpo no Brasil.

“Fizemos uma pesquisa e 70% das pessoas é contra legalizar o garimpo. Mas é preciso conhecer a realidade daquelas regiões. Vão continuar existindo na Amazônia garimpeiros que só sabem fazer isso. A legalização vai dar dignidade a eles”, defendeu, em discurso de mais de meia hora, na celebração de 25 anos da Igreja Apostólica Fonte da Vida.

Bolsonaro também voltou a dizer que o governo irá questionar contratos firmados por administrações anteriores para estrangeiros explorarem minas de nióbio no Brasil.

O presidente discursou sobre brigas entre os poderes da República. Para ele, só há um perdedor: a população. Ele disse estar trabalhando pelo País, assim como os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli.

“Todos nós temos acusações, alguns mais ou menos, mas temos a responsabilidade de tocar o Brasil para frente. Não vou criticar o Legislativo e o Judiciário, e espero que eles não me critiquem também”, afirmou, em discurso durante um culto evangélico em Brasília. “Não trabalho pensando em 2022. Isso será uma consequência se trabalharmos bem”, completou. 

Bolsonaro se emocionou e chegou a chorar durante o culto quando o pastor Apóstolo César Augusto lembrou ter visitado o presidente no hospital após o atentado sofrido por ele durante a campanha eleitoral no ano passado.

Para o público da igreja, Bolsonaro disse que o advogado-geral da União (AGU) “é pastor e terrivelmente evangélico”. O presidente já afirmou diversas vezes que pretende indicar um ministro “terrivelmente” evangélico para o Supremo Tribunal Federal. “Eu sou terrivelmente cristão”, completou, sob aplausos do público. 

Bolsonaro lembrou também que sua primeira viagem oficial neste ano foi para Israel e apontou que o escritório de negócios do Brasil em Jerusalém estaria quase concluído.

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