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Política & Poder

Em audiência na CLDF, Guedes volta a ser alvo de repúdio após críticas

O impacto da reforma foi tema de debate em audiência pública promovida pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) na manhã desta segunda-feira (17)

Lucas Valença

17/06/2019 11h49

Lucas Valença
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As críticas do ministro da Economia, Paulo Guedes, ao relatório da Comissão Especial da Reforma da Previdência voltaram a ser repudiadas pelo presidente do colegiado, Marcelo Ramos (PL-AM), e por deputados federais que contribuíram no debate. O impacto da reforma foi tema de debate em audiência pública promovida pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) na manhã desta segunda-feira (17).

Elogiado por governistas e oposicionistas, o presidente da Comissão Especial, Marcelo Ramos, chegou a criticar o discurso do governo que procurou vincular a reforma ao entendimento de que “combateria privilégios”. Segundo ele, se fosse o caso, o modelo enviado pelo governo teria retirado todas as pessoas que ganhassem até dois salários mínimos, o que não aconteceu. Entende o congressista, que a mudança constitucional visa fazer um “ajuste fiscal” e, por isso, foram ressalvados certos modelos, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC). “Nem todos podem contribuir para o ajuste fiscal. Não dá para cobrar sacrifícios do trabalhador rural, do idoso ou deficiente de baixa renda”, ressaltou.

O deputado federal Prof. Israel (PV-DF), que organizou o evento, chegou a elogiar o trabalho da do relator, Samuel Moreira (PSDB), que também foi elogiado por várias entidades da sociedade civil. No entanto, o ex-professor ainda luta para tentar excluir a categoria profissional do atual modelo da reforma. Ele entende que os professores já estão muito desvalorizados no Brasil e que obrigar os profissionais a contribuir 40 anos para receber 100% do salário, além de ser injusto, geraria uma maior desvalorização dos servidores da educação.

Das seis emendas protocoladas por Israel, duas foram emplacadas na Comissão. Uma retirou o modelo de capitalização, empenhado por Guedes, mas que foi não foi entendida como adequada pelos parlamentares presentes. A outra emenda, buscava retirar qualquer medida que fosse embutida na reforma e que não tratasse sobre o assunto na pauta. Um exemplo foi a intenção do governo em colocar no texto da reforma que militares da reserva poderiam ser convocados para ocupar cargos na administração pública.

 

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