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Política & Poder

Doria se diz ‘atônito’ com fala de Pazuello sobre Coronavac: ‘é inacreditável’

“Não há 1 centavo (do SUS) até agora para vacina, nem estudo, compra, pesquisa, nada”, acrescentou

Marcus Eduardo Pereira

17/01/2021 18h51

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), rebateu o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que afirmou neste domingo, 17, que a Coronavac, que teve uso emergencial aprovado pela Anvisa nesta tarde, foi financiada “sem um centavo de São Paulo”

O tucano afirmou estar “atônito” com o que disse Pazuello. “Diz que foi com o dinheiro do SUS, é inacreditável”, comentou. “Não há 1 centavo (do SUS) até agora para vacina, nem estudo, compra, pesquisa, nada”, acrescentou.

Doria cobrou que o ministro trabalhe pela saúde. “Chega de mentira”, afirmou. “Seja honesto, decente”, atacou, na sequência

O governador paulista disse também ser necessário “um pingo de humildade” do governo federal. “Eu sei que é difícil ao senhor (Eduardo Pazuello) e ao Jair Bolsonaro, mas tenham um pingo de humildade para reconhecer o esforço de São Paulo para oferecer a vacina aos brasileiros”, disse.

De acordo com o tucano, o Estado destinará as vacinas que cabem ao ministério e a São Paulo. A previsão é de que a entrega ocorra amanhã.

Doria assegurou ainda que enviará, fora das cotas estaduais, mais 50 mil doses a profissionais de saúde do Amazonas. Ele afirmou que essa remessa irá de avião. “Não confio no Ministério da Saúde”, atacou.

O governador afirmou ainda que o presidente Jair Bolsonaro “faz golpes de morte” em sua política de enfrentamento à covid-19. “O golpe de morte é o que dá Jair Bolsonaro e a incompetência do seu governo”, disse.

Hospitais

Doria também afirmou que começa nesta segunda-feira, 18, o plano logístico para distribuição de vacinas em hospitais no Estado de São Paulo.

Doria explicou que a vacinação começa primeiro pelo Hospital da Clínicas, em São Paulo, e depois pelos hospitais de Ribeirão Preto, Marília, de Campinas (Unicamp), Botucatu (Unesp), Hospital de Base de São José do Rio Preto.

“E na sequência para todos os hospitais públicos e privados”, afirmou o governador.

Gorinchteyn: Pessoas ainda poderão perder vidas por atrasos do governo federal

O secretário de saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, disse neste domingo, 17, que o atraso do governo federal ainda poderá custar mais vidas.

“Pessoas ainda poderão perder vidas por atrasos do governo federal”, disse Gorinchteyn, em discurso feito nesta tarde de domingo em evento no Hospital das Clínicas de São Paulo. “O Brasil tem a chance de colapsar, não é só Amazonas”, completou.

Presente ao evento, a enfermeira Mônica Calazans, a primeira brasileira a ser vacinada contra covid-19, falou da importância da imunização. “Povo brasileiro não tenha medo. É a grande chance que temos de salvar vidas”, afirmou. “Agradeço a Deus e tenho orgulho do meu trabalho na UTI do Hospital Emílio Ribas, que está lotada”, completou.

O evento ainda contou com comentários de outros profissionais de saúde, entre eles, Paulo Menezes, médico epidemiologista e coordenador do Centro de Contingência de Covid-19/SP; João Gabbardo, médico pediatra e coordenador executivo do Centro de Contingência Covid-19/SP; Marcos Sáfadi, médico infectologista e presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria e Sérgio Cimermman, médico infectologista do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

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