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Política & Poder

Doria está livre do coronavírus e pode voltar ao trabalho no sábado

Como não teve sintomas, Doria descobriu a infecção num exame de rotina, o sexto desde o começo da pandemia

Redação Jornal de Brasília

21/08/2020 13h30

O governador eleito de São Paulo, João Doria, fala à imprensa no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde funciona o gabinete de transição de governo.

Igor Gielow
São Paulo, SP

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), 62, foi liberado da quarentena a que se submeteu após receber o diagnóstico de que havia contraído o novo coronavírus. O resultado está em um boletim médico do Hospital Sírio-Libanês, da capital paulista.

“Sábado já voltarei ao normal”, afirmou o governador à reportagem. Sua mulher, Bia, 60, também estava infectada e foi examinada. Como o marido, recebeu alta após testes clínicos, laboratoriais e de imagem. O casal ficará isolado até esta sexta (21), quando se completam dez dias do diagnóstico.

Esse é o novo protocolo adotado pela Organização Mundial da Saúde para casos assintomáticos da infecção. Se os resultados de exames estiverem normais dez dias depois do teste positivo, o paciente pode voltar às suas atividades fora do isolamento.

Doria passou todo o período em casa com Bia. O governador agora deverá voltar às atividades presenciais no Palácio dos Bandeirantes e em outros locais.

Na quinta (20), ambos fizeram tomografias e exames. A exploração sorológica, que permite apontar a existência de anticorpos do tipo IgG, que sinalizam a presumida imunidade mais permanente, só pode ser feita mais para a frente.

Como não teve sintomas, Doria descobriu a infecção num exame de rotina, o sexto desde o começo da pandemia. “Ele atropelou o vírus”, disse o infectologista David Uip, ele mesmo um ex-paciente de Covid-19, que tratou o governador.

Bia fez o teste na sequência, assim como assessores e pessoas que haviam estado em contato com o governador nas duas semanas que antecederam o diagnóstico.

Desses, ao menos uma autoridade, o secretário municipal de Educação de São Paulo, Bruno Caetano, também recebeu teste positivo para o patógeno.

Pela natureza da atividade, políticos do Executivo e do Legislativo têm um risco de exposição maior ao novo coronavírus.

Jair Bolsonaro, que trabalhou desde o começo da pandemia em ritmo de negacionismo do perigo da Covid-19, foi infectado e teve sintomas leves. Doria, por sua vez, é um dos principais chefes estaduais a antagonizar-se ao presidente na condução do combate à Covid-19.

Ao menos 8 dos 23 ministros, também. Até aqui, 12 governadores e 5 prefeitos de capital tiveram a infecção. Cerca de 30 deputados federais e 10 senadores também foram diagnosticados.

Doria seguiu sua rotina de trabalho por meio de videoconferências e o uso intensivo do WhatsApp, de resto usual em tempos normais. Seu vice, Rodrigo Garcia (DEM), foi quem tocou as entrevistas coletivas no Bandeirantes e outros compromissos presenciais.

O governador não sabe como pegou o vírus. Sugeriu, há alguns dias, suspeitar que tenha sido de um pacote entregue em sua casa, até como forma de salientar que sempre fez uso do trinômio máscara, distanciamento social e álcool em gel em seus compromissos oficiais.

As informações são da FolhaPress

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