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Política & Poder

Deputado coleta assinaturas para CPI após acusações de Moro contra Bolsonaro

O deputado do PSB afirmou que o momento não é o mais favorável (em vista da pandemia do coronavírus), mas não é possível adiá-lo

Agência UniCeub

24/04/2020 17h40

Por Samara Schwingel 
Jornal de Brasília/Agência UniCEUB

O deputado federal Aliel Machado (PSB-PR) iniciou a coleta de assinaturas para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar interferências do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal, conforme denunciou o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, em coletiva nesta manhã de sexta (24 de abril).  “A tentativa de interferência direta e de ter acesso às investigações da PF, quando o próprio  filho é um dos investigados, são ações gravíssimas”, disse o deputado.

Pedido de abertura de CPI

O pedido está baseado na acusação de Moro. “O presidente me disse mais de uma vez que queria ter uma pessoa do contato pessoal dele, que ele pudesse ligar, colher informações e relatórios”, disse Moro ao justificar a saída do governo.

A PF é um órgão do Estado independente e ligada ao Ministério da Justiça e da Segurança Pública apenas de forma administrativa, e não subordinada às ordens do Executivo. Aliel Machado ressalta que a PF deve resguardar o sigilo nas investigações garantidas por lei. Por isso, o presidente Jair Bolsonaro pode ser enquadrado em crime comum e crime de responsabilidade.

O deputado do PSB afirmou que o momento não é o mais favorável (em vista da pandemia do coronavírus), mas não é possível adiá-lo. “Já existiam indícios dessas ações, mas as afirmações de Moro agravaram a situação. O momento que estamos vivendo não é o melhor, mas se esperássemos poderíamos agravar até a crise sanitária que enfrentamos”, disse.

Coleta de assinaturas

Aliel Machado informou que já conseguiu dezenas de assinaturas de deputados de partidos como PT, PSDB, PV e ainda esperam mais. A expectativa é conseguir protocolar o pedido ainda nesta sexta-feira (24/4). “A CPI tem a função de investigar o que foi dito. Um possível impeachment já é outra discussão, o mais urgente, no momento é averiguar as falas do ex-ministro”, conclui.

 

 

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