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Política & Poder

Demitido após reproduzir discurso nazista, secretário lamenta: “Estou orando sem parar”

Roberto Alvim fez uso de frases do ministro da Propaganda da Alemanha nazista de Hitler, Joseph Goebbels. Regina Duarte pode assumir o cargo, e Ministério da Cultura pode ser recriado

Redação Jornal de Brasília

20/01/2020 9h32

Demitido após protagonizar vídeo onde reproduziu frases de um discurso do ministro da Propaganda da Alemanha nazista de Adolf Hitler, Joseph Goebbels, o ex-secretário nacional de Cultura, Roberto Alvim, falou sobre o caso. O dramaturgo lamentou o que ele classificou de “série terrível de eventos e coincidências.”

“Estou orando sem parar, e começo a desconfiar não de uma ação humana, mas de uma ação satânica em toda essa horrível história. Estou agora cuidando da minha família. Essa é minha prioridade nesse momento: minha esposa e meu filho pequeno, que estão destroçados”, afirma Alvim.

O ex-secretário foi duramente criticado após a publicação do vídeo, no qual anunciou o Prêmio Nacional das Artes. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pediu a demissão de Alvim horas depois, e Jair Bolsonaro acatou. Ele se justificou afirmando que o texto chegou de “várias fontes e ideias”, não culpou seus assessores e disse que “não sabia” que havia frases nazistas no discurso. 

“Eu escrevi o texto do meu discurso no vídeo, a partir de várias fontes e ideias, que me chegaram de muitos lugares. Meus assessores (…) não têm NADA a ver com a escritura. Eu afirmo que não sabia que aquela frase tinha uma origem nazista, porque a frase em si não tinha nenhum traço de nazismo, por isso não percebi nada errado ali… Mas errei terrivelmente ao não pesquisar com cuidado a origem e a associações de algumas frases e ideias. E assumo a responsabilidade por meu erro. Perdi tudo por causa desse erro terrível.”

https://twitter.com/RobertoAlvim4/status/1219054333377032197

Após a demissão, Bolsonaro tem pensado em colocar a atriz Regina Duarte no posto de Alvim. Nesta segunda-feira (20), o presidente e a global se reúnem no Rio de Janeiro. Bolsonaro estuda até recriar o Ministério da Cultura, extinto em 2019, caso Regina aceite a proposta.

 

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