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Política & Poder

Cenário futuro: preços baixos e poucas vendas

Diante da queda de consumo, a recomendação de reinvenção também vale para as empresas, que precisam desde já rever seu modelo de negócios

Lucas Neiva

07/05/2020 6h43

Comércio de Brasília continua fechado por causa da pandemia do novo coronavírus

Mesmo com a possibilidade de retorno do comércio a partir do dia 11 no Distrito Federal, a expectativa dos especialistas para o cenário pós-pandemia é de preservação por um longo período de uma economia fria, com baixa produção, queda de consumo em função do aumento do desemprego e baixo índice de inflação ou até mesmo deflação. Isso implica em um ambiente comercial de preços baixos mas com poucas vendas. É o que afirma o especialista em finanças William Baghdassarian, que possui uma série de recomendações durante e após a pandemia para que consumidores e empresários consigam reduzir os danos.

Para consumidores, Baghdassarian recomenda que, mesmo se houver a abertura comercial pretendida pelo governo, que os gastos supérfluos sejam deixados para um momento futuro. “Talvez nunca tenha sido tão importante quanto agora a gente ter uma educação financeira adequada. É muito importante que as pessoas tenham consciência dos seus gastos. O momento é de tentar reduzir gastos”, afirma.

O especialista também aponta para a importância de aproveitar as iniciativas educacionais gratuitas oferecidas durante a quarentena para criar novas fontes de renda quando a pandemia acabar. “É o momento de aproveitar o tempo que a gente tem para se reinventar. Se o tempo em casa for aproveitado para desenvolver novas competências, as chances de conseguir fontes alternativas de renda depois são maiores”, explica.

Diante da queda de consumo, a recomendação de reinvenção também vale para as empresas, que precisam desde já rever seu modelo de negócios para encontrar novas fontes de receita. “Muitas empresas possuem modelos de negócios que não estão adaptados à economia digital. Nessa hora da crise vai ser necessário fazer dinheiro, então o caminho a ser seguido é aquele que permitir à empresa se reinventar.”

A queda do consumo vai fazer com que empresas tenham de enfrentar momentos de constante prejuízo. Para sobreviver, é necessário ao empresário preservar a reserva de dinheiro destinada à manutenção da empresa, o chamado capital de giro. “Quanto mais capital de giro o empresário tiver, mais tempo ele será capaz de sobreviver à crise”, declara Baghdassarian.

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