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Política & Poder

Celso de Mello envia pedidos de depoimento e apreensão do celular de Bolsonaro

Ministro enviou à PGR três notícias-crimes que pedem os desdobramentos da investigação sobre a suposta interferência de Bolsonaro na PF

Redação Jornal de Brasília

22/05/2020 10h21

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou três notícias-crimes à Procuradoria-Geral da República (PGR). Os pedidos foram apresentados por partidos e parlamentares que têm como alvo o presidente Jair Bolsonaro. Entre as medidas solicitadas, estão o depoimento de Bolsonaro e a busca e apreensão do celular dele e do vereador Carlos Bolsonaro para perícia. 

As notícías-crimes pedem desdobramentos na investigação sobre a suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal, que teria causado as mudanças no comando da corporação nas últimas semanas.

Nos despachos, Celso de Mello ressaltou ser dever jurídico do Estado promover a apuração da “autoria e da materialidade dos fatos delituosos narrados por ‘qualquer pessoa do povo’”. “A indisponibilidade da pretensão investigatória do Estado impede, pois, que os órgãos públicos competentes ignorem aquilo que se aponta na “notitia criminis”, motivo pelo qual se torna imprescindível a apuração dos fatos delatados.”

Agora, comete à PGR analisar os fatos colocados. Não há prazo para o procurador-geral Augusto Aras decidir sobre os pedidos.

Ministro Celso de Mello, do STF. Foto: Agência Brasil

Saída de Moro

A saída do então ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, há cerca de um mês, levantou a suspeita de que Bolsonaro quer interferir politicamente na Polícia Federal. Moro afirmou que o próprio presidente assumiu isso, mesmo sabendo que é ilegal.

Moro deixou o governo ao ver Bolsonaro trocar o comando da PF. 

Aliado a isso, veio à tona, há alguns dias, depoimentos do suplente do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Paulo Marinho. Marinho afirma que Flávio obteve informações privilegiadas de uma investigação da PF. Em agosto de 2018, Bolsonaro teria tentado trocar o superintendente da corporação no Rio de Janeiro por conta de uma operação.

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