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Política & Poder

Carne: se não vendermos para o mundo, vai quebrar o Brasil também, diz Bolsonaro

Ele repetiu que agências reguladoras têm autonomia “para o bem e para o mal”. “Tem agência que atrapalha um pouco. Não estou reclamando. É a regra do jogo”

Redação Jornal de Brasília

16/12/2019 11h10

Foto: Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro voltou a tentar contornar críticas sobre a alta do preço da carne bovina no Brasil. Bolsonaro disse nesta segunda-feira, 16 que o País “vai quebrar” se não vender o produto “ao mundo”. A declaração foi feita a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.

O presidente também repetiu que as agências reguladoras têm autonomia “para o bem e para o mal”. “Tem agência que atrapalha um pouco. Não estou reclamando. É a regra do jogo”, disse Bolsonaro.

O presidente afirmou que o papel do governo para reagir a agências que “atrapalham” é indicar novos diretores ao final dos mandatos atuais. “Não critiquei agências. Falei que elas têm autonomia”, ponderou o presidente.

Com alta nas carnes, preços nos supermercados sobem 1,21% em novembro, diz Apas

Os preços nos supermercados paulistas subiram 1,21% em novembro, de acordo com o Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela Associação Paulista de Supermercados (Apas). É o maior número mensal registrado em 2019, superando os 1,13% apurados tanto em fevereiro quanto em março, e foi puxado pela alta de 10,96% nos preços da carne bovina.

De acordo com a Apas, o corte de carne com maior aumento no mês passado foi o coxão duro, que subiu 14,8%, seguido pelo contrafilé (+13,9%), alcatra (+12,9%) e fraldinha (+12,4%). No acumulado do ano, braço (+25,3%) fígado (17,2%) e acém (+16,7%) registram as maiores altas.

Os preços da carne nos supermercados paulistas aumentaram por conta das maiores exportações para a China, pela alta do dólar e também por conta dos preços da arroba do boi, que chegaram a R$ 223,00 em outubro. Em agosto, a arroba custava R$ 150, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea-USP). Na última sexta-feira, 13, o valor estava em R$ 216,65, alta de 4,06% no dia, mas baixa de 6,35% em um mês.

Em nota, o presidente da Apas, Ronaldo dos Santos, considera que os preços da carne tendem a se estabilizar. “A arroba, depois de subir 50% nos últimos dois meses, teve uma queda de 10% desde o início deste mês”, afirma. A associação destaca que em novembro o preço de outras proteínas subiu por conta do efeito substituição. A carne de frango teve alta de 6,12%, a carne suína subiu 5,48% e os ovos tiveram alta de 1,03%.

Depois das carnes, tiveram alta expressiva em novembro produtos como frutas (+3,65%), com destaque para o maracujá (+18,90%), e verduras, que subiram 3,48%. Ao todo, das 27 subcategorias, 20 tiveram aumento de preços em novembro. Por outro lado, os preços de tubérculos tiveram queda de 7,98%, os de legumes recuaram 7,20% e os preços do leite caíram 3,37%.

 

Estadão Conteúdo

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