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Política & Poder

Cargos vagos abrem nova guerra entre os distritais

Arquivo Geral

31/08/2016 7h00

Atualizada 30/08/2016 22h15

Rudney Victor/Cedoc

Francisco Dutra
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Depois do terremoto gerado pela operação Drácon, a Câmara Legislativa virou palco de uma “guerra parlamentar” pelo controle de posições estratégicas para a condução do plenário. Os deputados distritais alçados para a Mesa Diretora suplente acumulam o controle da Comissão de Economia Orçamento e Finanças (CEOF), da Comissão de Fiscalização Governança Transparência e Controle (CFGTC) e da Ouvidoria da Casa. Ontem na reunião de líderes, a concentração de poderes virou objeto de acaloradas críticas de Robério Negreiros (PSDB), Sandra Faraj (SD) e de nomes ligados ao PT.

O debate acalorado ocorreu na sala de reuniões localizada nos fundos do plenário. Além do evidente acumulo de forças, os parlamentares descontentes argumentaram que a situação pode levar a questionamentos jurídicos contra os trabalhos da Casa. Segundo o artigo 46 do regimento da Câmara, o suplente substituição ao membro titular da Mesa, quando exercer o cargo de presidente de comissão permanente, deverá optar por uma das cadeiras.

Após o afastamento dos titulares, por solicitação da operação Drácon, o presidente da CEOF, Agaciel Maia (PR), assumiu a 1ª Secretaria, o presidente da CFGTC; o ouvidor Lira (PHS), ficou à frente da 2ª Secretária e; o presidente da CFGTC, Rodrigo Delmasso (PTN), tornou-se responsável pela 3ª Secretaria. Do ponto de vista de Agaciel, a Mesa suplente tem caráter temporário em uma situação inédita na história da Casa, por isso não haveria impedimento para a acumulo de funções.

“Eu fui eleito suplente de 1º secretário, pelos 24 deputados. E eleito presidente da Comissão de Orçamento. Ora, se posso suplente parte da premissa que eu possa assumir eventualmente. Eu não poderia ficar no caso da renúncia do 1º secretário. Aí teria que ser efetivado. Teria que escolher. E se a Mesa voltar amanhã?”, argumentou Agaciel. De qualquer forma, como precaução, o distrital estuda a possibilidade de que, em determinadas matérias na CEOF, o suplente da presidência, Rafael Prudente (PMDB) possa assumir a comissão.

Assessor de Celina é demitido

Suspeito da retirada ilegal de computadores da Casa, o assessor parlamentar Sandro Vieira foi exonerado do cargo de secretário legislativo da Mesa. Indicado pela presidente afastada Celina Leão (PPS), Sandro continua na Câmara, agora no gabinete da própria deputada.

Segundo Celina, o assessor representará criminal e administrativamente contra o deputado Chico Vigilante (PT), autor da denúncia. “Achamos de boa fé ele sair do cargo, vir ao meu gabinete e aí acionar o deputado judicialmente”, explicou Celina. O caso é objeto de investigação pela Polícia Civil.

Ainda nesta semana, a Mesa suplente pretende exonerar Alexandre Braga Cerqueira. O servidor é alvo das apurações da operação Drácon, cujo objetivo é investigar suposto esquema de corrupção enraizado na cúpula do Legislativo.

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