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Política & Poder

Bolsonaro volta a criticar protestos pela educação

Lindauro Gomes

16/05/2019 17h02

Foto: Agência Brasil

Em discurso em Dallas, nos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar nesta quinta-feira (16) os protestos de estudantes e professores contra o congelamento de gastos no Ministério da Educação.

Um dia após ter chamado os manifestantes de “imbecis” e “idiotas úteis”, o mandatário afirmou que os atos da última quarta (15) comprovam a “dificuldade de mudar o destino do Brasil”. Segundo Bolsonaro, a “esquerda entrou, infiltrou e tomou não só a imprensa brasileira, mas também, em grande parte, as universidades e escolas do ensino médio e fundamental”.

“Sabíamos da dificuldade de mudar o destino do Brasil, como ontem vimos algumas capitais de estados com marchas pela educação, como se a educação até o final do ano passado fosse uma maravilha no Brasil”, disse.

O discurso foi dado durante uma homenagem da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, que o reconheceu como personalidade do ano, assim como o secretário de Estado Mike Pompeo, que não compareceu ao evento.

A cerimônia estava prevista para Nova York, mas Bolsonaro acabou cancelando sua ida à cidade por conta das pressões do prefeito Bill de Blasio. Em função disso, a Câmara de Comércio levou a homenagem para Dallas, no Texas.

“Mas meu amor, meu respeito e minha consideração por todos os Estados Unidos, inclusive os nova-iorquinos, continuarão da mesma forma”, garantiu o presidente. A viagem de dois dias também incluiu uma breve visita de cortesia ao ex-presidente George W. Bush, crítico de Donald Trump dentro do Partido Republicano.

Flávio – Durante a viagem ao Texas, Bolsonaro também comentou as investigações contra seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro, cujo gabinete na época de deputado estadual no Rio de Janeiro é suspeito de lavagem de dinheiro, peculato e organização criminosa.

“Querem me atingir? Venham pra cima de mim. Querem quebrar meu sigilo, eu sei que tem que ter um fato, mas eu abro meu sigilo.

Não vão me pegar”, afirmou o presidente. O senador já teve seus sigilos bancário e fiscal quebrados pela Justiça, assim como seu ex-assessor Fabrício Queiroz.

“Estão fazendo esculacho em cima do meu filho”, acrescentou Bolsonaro. (ANSA)

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