Menu
Política & Poder

Bolsonaro diz que auxílio de R$ 600 será pago a partir de amanhã por três meses

O presidente ainda lembrou que beneficiários do Bolsa Família, “quase 60 milhões de pessoas”, também receberão o auxílio emergencial

Redação Jornal de Brasília

08/04/2020 21h28

Em pronunciamento de rádio e TV veiculado na noite desta quarta-feira, 8, o presidente Jair Bolsonaro pontuou algumas das ações do governo para auxiliar a população durante a crise do coronavírus. Bolsonaro citou o pagamento do auxílio emergencial, a liberação do saque de um salário mínimo das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), e a liberação de uma linha de crédito para capital de giro.

“A partir de amanhã começaremos a pagar os R$ 600 de auxílio emergencial. Concedemos também o a isenção do pagamento da conta de energia aos beneficiários da tarifa social e disponibilizamos R$ 60 bilhões para capital de giro destinados a micro, pequenas e médias empresas”, numerou o presidente.

O presidente ainda lembrou que beneficiários do Bolsa Família, “quase 60 milhões de pessoas”, também receberão o auxílio emergencial e divulgou o saque de até R$ 1.045 do FGTS por trabalhador, medida que pode injetar até R$ 36 bilhões na economia. “Quando deixar a Presidência da República pretendo passar ao meu sucessor um Brasil muito melhor do que aquele que encontrei em janeiro do ano passado”, falou Bolsonaro.

Bolsonaro também mencionou que o País deve receber até este sábado, 11, matéria-prima vinda da Índia para ser usada na produção da hidroxicloroquina, medicação da qual é entusiasta para o tratamento da covid-19. O material que chegará ao Brasil, segundo Bolsonaro, é fruto de uma “conversa direta” dele com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

Gostaria de me solidarizar com famílias que perderam entes, afirma Bolsonaro

Jair Bolsonaro começou seu pronunciamento de rádio e TV transmitido nesta quarta-feira, 8, se solidarizando com as famílias que perderam pessoas próximas por conta da covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. A declaração do presidente foi feita no dia em que o País teve seu recorde de óbitos pela doença de um dia para o outro. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem hoje 800 vítimas mortas pela covid-19.

“Gostaria, antes de mais nada, de me solidarizar com as famílias que perderam seus entes queridos nessa guerra que estamos enfrentando”, disse o presidente, que reforçou uma fala que esteve presente nos últimos pronunciamentos: “Não restam dúvidas de que o nosso objetivo principal sempre foi salvar vidas”.

Bolsonaro também disse que seu trabalho como presidente da República o obriga “a olhar o todo, e não apenas as partes”, em referência à necessidade de articular as políticas de combate ao coronavírus e tentar preservar a economia. “Tenho a responsabilidade de decidir sobre as questões do País de forma ampla”, explicou Bolsonaro.

Bolsonaro reafirma uso de cloroquina desde início da pandemia

O presidente disse ainda que tem orientado a equipe ministerial, desde o começo da crise causada pelo novo coronavírus, para tratar do “emprego e vírus juntos”.

O presidente defendeu o uso da hidroxicloroquina – medicamento em estudo para uso contra a covid-19 – como saída para a doença e reforçou que fez a indicação do remédio “há 40 dias”, a partir do início da pandemia. Bolsonaro elogiou as declarações do médico cardiologista Roberto Kalil pelas declarações a favor do uso do medicamento em certos casos.

Durante a sua fala, Bolsonaro voltou a falar das medidas de quarentena defendidas não só pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, mas também por prefeitos e governadores. “Os mais pobres não podem deixar de se locomover para buscar o pão de cada dia”, disse. Segundo Bolsonaro, “muitas medidas de governadores e prefeitos são de responsabilidade dos mesmos (sic)”. “O governo federal não foi consultado sobre amplitude e duração (das medidas)”, disse.

Sobre o desgaste com Mandetta, Bolsonaro reforçou: “Todos os ministros devem estar sintonizados comigo”. No início da semana, os atritos entre o presidente e o ministro da Saúde por causa de divergências no combate à doença causaram rumores de troca no controle da pasta.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado