Da redação
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Ao sair do Palácio da Alvorada na manhã desta quarta-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro falou sobre o PSL, seu partido. Ele afirmou que não quer “tomar partido de ninguém” e defendeu “transparências” nas contas da legenda.
A tal transparência é em relação ao uso de recursos públicos que o PSL recebe — segundo Bolsonaro, cerca de R$ 8 milhões. “Partido tem de fazer a coisa que tem de ser feita, normal. Não tem de esconder nada. Não quero tomar partido de ninguém, mas transparência faz parte. O dinheiro é público. São R$ 8 milhões por mês”, disse o presidente.
A declaração vem uma semana depois de Bolsonaro criticar o presidente do partido, Luciano Bivar (PSL-PE), ao afirmar que ele estava “queimado”. Perguntado se deseja a saída de Bivar, o chefe do Executivo disse que não defende “nada”. Ainda afirmou não ter mágoas sobre ninguém. “Minha resposta é transparência para tudo”, disse Bolsonaro.
“Então, vamos mostrar as contas. Não ficar, como a gente vê notícias por aí, de ‘expulsa de lá, tira da comissão, vai retaliar'”, afirmou o presidente.
Crise no PSL
No último dia 8, Bolsonaro externou a crise no partido ao pedir a um militante que “esquecesse o PSL” e dizer que Bivar estava “queimado para caramba”. Desde então, a sigla está rachada em grupos pró-Bivar, que ameaça até expulsão de dissidentes, e pró-Bolsonaro, que avalia uma forma de deixar o partido sem abrir mão de mandato e dinheiro do fundo partidário.
“Eu não tenho falado nada do PSL. Zero. Zero. Zero. O tempo todo fofoca, que estou elegendo traidores para lá, para cá. O partido está com a oportunidade de se unir na transparência”, declarou o presidente. “Devo ao partido, sim, minha eleição. Sei que tinha outros partidos à disposição, mas briga não é essa.”
Com agências
