O presidente Jair Bolsonaro assinou, nesta quinta-feira (17), uma medida provisória que destina R$ 20 bilhões para o plano nacional de vacinação contra a covid-19, divulgado na quarta (16). O valor deve ser utilizado para a compra de um imunizante que for aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Com a assinatura, Bolsonaro dá prosseguimento ao discurso realizado na quarta (16), quando disse que, ainda nesta semana, o governo federal destinaria os R$ 20 bi para o plano. Agora, a MP precisa ser aprovada por Câmara e Senado. Caso contrário, perde a validade.
O governo, no entanto, só deverá comprar alguma vacina caso ela seja aprovada pela Anvisa, diferentemente do que fez o governador de São Paulo, João Doria, por exemplo. Doria se antecipou à agência e garantiu acordo com o instituto Sinovac Biotech para obter doses da CoronaVac.
Até o momento, o Brasil tem fechados dois acordos de compra. São eles:
- 210,4 milhões de doses da vacina produzida pela AstraZeneca, em parceria com a Fiocruz, sendo 100,4 milhões delas para serem entregues até julho de 2021, e mais 110 milhões entre agosto e dezembro de 2021;
- 42,5 milhões de doses junto a Covax Facility.
Além dos acordos, há intenção de compra das vacinas Pfizer/BioNTech e Janssen:
- Pfizer/BioNTech: 70 milhões de doses, sendo 2 milhões de doses para o primeiro trimestre de 2021, 6,5 milhões no segundo trimestre de 2021, 32 milhões no terceiro trimestre de 2021 e 29,5 milhões no quarto trimestre;
- Janssen: 38 milhões de doses, sendo 3 milhões de doses no segundo trimestre de 2021, 8 milhões no terceiro trimestre de 2021 e 27 milhões no quarto trimestre de 2021.