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Política & Poder

Bolsonaro admite ‘simpatia’ por Pacheco no Senado e volta a cobrar ruralistas por apoio a Lira

A bancada do PT no Senado anunciou na segunda (11) que vai apoiar Pacheco na eleição para o comando do Senado, que será realizada em fevereiro

Redação Jornal de Brasília

12/01/2021 16h19

Ricardo Della Coletta e Daniel Carvalho

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta terça-feira (12) que tem “simpatia” pela candidatura de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) à presidência do Senado.

Embora o apoio de Bolsonaro a Pacheco -nome defendido também pelo atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP)- já fosse conhecido entre parlamentares, é a primeira vez que o mandatário mostra publicamente sua posição na disputa.

“O PT resolveu apoiar quem [eu] tenho simpatia no Senado. Eu nunca conversei com deputado do PT, PCdoB e PSOL, nem eles procuraram falar comigo. Eu já sei qual a proposta deles”, disse o presidente para um grupo de apoiadores, na saída do Palácio da Alvorada.

O vídeo com a fala de Bolsonaro foi publicado nas redes sociais de Tercio Arnaud, assessor da presidência.

A bancada do PT no Senado anunciou na segunda (11) que vai apoiar Pacheco na eleição para o comando do Senado, que será realizada em fevereiro.

O senador mineiro agora conta com o apoio de seis partidos -DEM, PROS, PSC, PSD, PT e Republicanos- que contabilizam 29 senadores.

O MDB, que tem a maior bancada no Senado, anunciou ainda em dezembro que teria um candidato único na eleição, mas ainda não definiu o nome.

Eram pré-candidatos inicialmente o líder da bancada, Eduardo Braga (MDB-AM); o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE); o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO); e a presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Simone Tebet (MDB-MS).

Mas a expectativa é que Coelho e Gomes se retirem da disputa agora que a Bolsonaro trabalha abertamente por Pacheco.

Na conversa com apoiadores, Bolsonaro voltou a cobrar a bancada ruralista por engajamento na campanha do líder do centrão, deputado Arthur Lira (PP-AL), na disputa pela presidência da Câmara.

O presidente já havia se queixado na segunda pelo fato de lideranças da bancada terem anunciado voto em Baleia Rossi (MDB-SP), nome apoiado pelo atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

No domingo (10), o presidente da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), deputado Alceu Moreira (MDB-RS), declarou publicamente apoio a Baleia -que tem em seu bloco siglas da oposição. O deputado Sérgio Souza (MDB-PR), que assumirá o comando da bancada no fim do mês, também já endossou o nome de Baleia.

“O agronegócio nunca lucrou tanto. Não pararam nem na pandemia. Agora quando peço para votar numa pessoa que vai fazer a reforma agrária, que vai fazer a regulação fundiária para acabar com essa história de que a Amazônia pega fogo só no meu governo”, declarou o presidente.

“Se fizer a regulação fundiária, nós vamos saber que aquela terra que desmatou ou pegou fogo, vamos saber de quem é o CPF daquela pessoa. E o atual presidente da Câmara [Maia] não permitiu que isso fosse votado lá”, disse.

“O que eu peço para a bancada ruralista, que é uma minoria mas que pode decidir [a eleição]: é que veja o que fizemos ao longo de dois anos, o que vocês lucraram, o que o Brasil lucrou com vocês também. A gente não aguenta dois anos com uma pauta trancada, voltada para interesses de PT, PCdoB e PSOL”, concluiu.

As informações são da Folhapress

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