Menu
Política & Poder

Blogueira assume cargo na Funarte após ter nomeação suspensa no Iphan

A blogueira Monique Baptista Aguiar foi nomeada nesta segunda-feira (10) para o cargo

Redação Jornal de Brasília

10/08/2020 17h57

Marina Lourenço
São Paulo, SP

A blogueira Monique Baptista Aguiar foi nomeada nesta segunda-feira (10) para o cargo de coordenadora de projetos especiais da diretoria-executiva da Funarte (Fundação Nacional de Artes), vinculada ao Ministério do Turismo. A nomeação foi feita pelo ministro da pasta, Marcelo Álvaro Antonio, e publicada no Diário Oficial da União.

Aguiar, que é criadora de um canal no YouTube chamado Com Olhar Turístico, já havia sido nomeada em abril para outra função ligada ao ministério. Na época, havia sido escolhida para o cargo de coordenadora técnica da superintendência do Iphan, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

No entanto, no mês seguinte, ela deixou o posto após sofrer uma série de críticas de entidades ligadas à preservação do patrimônio e de a Controladoria Geral da União ter apontado falta de qualificação da blogueira para ocupar a função no Iphan. Em seu canal no YouTube, Aguiar se define como “futura turismóloga, criativa, apaixonada por fotos e viagens”, mas seu currículo não inclui nenhum curso superior.

Com a nomeação desta segunda-feira para a Funarte, a blogueira volta a ocupar um cargo de nível hierárquico equivalente ao seu anterior dentro da pasta.

Em nota, o Ministério do Turismo afirma que Aguiar “cumpre os requisitos estabelecidos por lei para assumir a função e, portanto, está apta a assumir o cargo de coordenadora de projetos especiais, da diretoria-executiva da Funarte”.

“Entre as exigências está a realização de cursos de capacitação – com carga horária mínima acumulada de 120 horas – em escolas de governo em áreas correlatas ao cargo ou à função para o qual tenha sido indicado”, finaliza a nota.

Quando Aguiar foi nomeada para o Iphan, em abril, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro declarou ser preocupante a escolha de alguém que não é arquiteto e urbanista, “como é de praxe em todos as coordenações técnicas do país – e há mais de 30 anos no Rio de Janeiro”.

Na mesma época, José Paulo Julieti, diretor de Auditoria da Área Social da CGU, disse ao site da revista Época, que “por mais louvável que sejam, curso de formação de professor e curso de teatro não se coadunam com o perfil técnico para assumir o cargo”.

As informações são da FolhaPress

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado