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Política & Poder

Áudios mostram ligação entre PCC e PT; partido rebate e fala em armação

De acordo com mensagens, um dos líderes da facção criminosa conta que o partido “tinha uma linha de diálogo cabulosa”

Willian Matos

09/08/2019 11h22

Willian Matos
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Após as operações que visaram desestruturar o setor financeiro do Primeiro Comando da Capital (PCC), a Polícia Federal obteve áudios que mostram conversas entre membros da facção. Em um dos diálogos, os investigados falam sobre o ministro da Justiça, Sergio Moro, e o PT.

Conhecido como Elias, Alexsandro Roberto Pereira critica o presidente Jair Bolsonaro e as medidas tomadas até aqui. “Os caras tão no começo do mandato dos cara, você acha que os cara já começou o mandato mexendo com nois irmão. Já mexendo diretamente com a cúpula, irmão”.

Depois, é a vez de Elias citar Moro, ao reclamar da falta de conversa entre o ministro e o PCC. “Com nois já não tem diálogo, não, mano. Se vocês estava tendo diálogo com outros, que tava na frente, com nois já não vai ter diálogo, não. Esse Moro aí, esse cara é um filha da puta, mano. Esse cara aí é um filha da puta mesmo, mano. Ele veio pra atrasar”, disse.

Rebatendo a suposta falta de diálogo de Moro, Elias fala sobre o PT. “Ele começou a atrasar quando foi pra cima do PT. Pra você ver, o PT com nois tinha diálogo. O PT tinha diálogo com nois cabuloso, mano, porque… situação que nem dá pra nois ficar conversado a caminhada aqui pelo telefone, mano. Mas o PT, ele tinha uma linha de diálogo com nois cabulosa, mano”, prosseguiu.

O membro André Luiz de Oliveira, conhecido como Salim, é quem estaria do outro lado da linha enquanto Elias opinava.

Armação

O PT afirmou que os diálogos se tratam de uma armação, afirmando que “quem dialogou e fez transações milionárias não foi o PT, foi o ex-juiz Sergio Moro.” 

“Esta é mais uma armação como tantas outras forjadas contra o PT, e vem no momento em que a Polícia Federal está subordinada a um ministro acuado pela revelação de suas condutas criminosas. Quem dialogou e fez transações milionárias com criminosos confessos não foi o PT, foi o ex-juiz Sergio Moro, para montar uma farsa judicial contra o ex-presidente Lula com delações mentirosas e sem provas. É Moro que deve se explicar à Justiça e ao país pelas graves acusações que pesam contra ele”, diz o texto.

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