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Política & Poder

Após Bolsonaro refutar vacina chinesa, Maia cancela encontro com Doria

Em nota, a assessoria de imprensa do governo paulista informou que Maia alegou indisposição. O restante da agenda do governador foi mantida

Redação Jornal de Brasília

21/10/2020 11h52

O governador eleito de São Paulo, João Doria, fala à imprensa no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde funciona o gabinete de transição de governo.

Gustavo Uribe e Daniel Carvalho
Brasília, DF

Após o presidente Jair Bolsonaro ter afirmado que o governo federal não comprará doses da Coronavac, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cancelou encontro programado para a manhã desta quarta-feira (21) com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Em nota, a assessoria de imprensa do governo paulista informou que Maia alegou indisposição. O restante da agenda do governador na capital federal, no entanto, foi mantida.

O tucano têm programados encontros na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), para discutir a compra da vacina chinesa, e no STF (Supremo Tribunal Federal), com o presidente Luiz Fux.
Nesta quarta, pela manhã, o presidente desautorizou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que, no dia anterior, anunciou acordo com o estado de São Paulo para a compra de 46 milhões de doses da Coronavac, vacina da farmacêutica chinesa Sinovac.

Em mensagem enviada a integrantes de sua equipe, cujo conteúdo foi repassado ao jornal Folha de S.Paulo, Bolsonaro chamou a “vacina chinesa de João Doria” e afirmou que os ministros estão proibidos de tratar o assunto com o governo de São Paulo. Doria é pré-candidato à sucessão presidencial em 2022, quando Bolsonaro pretende disputar a reeleição.

Em outra mensagem, publicada nas redes sociais, Bolsonaro disse que o povo brasileiro “não será cobaia de ninguém”.

“Não se justifica um bilionário aporte financeiro num medicamento que sequer ultrapassou sua fase de testagem”, escreveu. “Diante do exposto, minha decisão é a de não adquirir a referida vacina”, acrescentou.

No Palácio do Planalto, ministros e assessores optaram manter o silêncio, assim como Pazuello.

A Secom (Secretaria de Comunicação) não confirmou conversa entre Bolsonaro e o ministro da Saúde nesta manhã e informou que o presidente segue normalmente a agenda prevista para esta quarta-feira, quando embarcou para São Paulo.

As informações são da FolhaPress

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