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Política & Poder

Anthony Garotinho e Rosinha Matheus são presos nesta terça (2)

Ex-governadores do Rio de Janeiro são suspeitos de participar de esquema de superfaturamento em contratos celebrados entre a Prefeitura de Campos e a construtora Odebrecht

Willian Matos

03/09/2019 7h43

Foto: Gerson Gomes/Prefeitura de Campos

Willian Matos
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Os ex-governadores do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho e Rosinha Matheus, foram presos na manhã desta terça-feira (2). O casal e outras três pessoas são suspeitos de participar de esquema de superfaturamento em contratos celebrados entre a Prefeitura de Campos e a construtora Odebrecht.

Estas outras três pessoas são Sérgio dos Santos Barcelos, Ângelo Alvarenga Cardoso Gomes e Gabriela Trindade Quintanilha. A prisão veio após operação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e a Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) ser deflagrada.

Os mandados de prisão foram expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca de Campos dos Goytacazes-RJ. A operação foi batizada de Secretum Domus.

Denúncia

A denúncia surgiu após investigações sobre o superfaturamento em contratos para a construção de casas populares dos programas “Morar Feliz I” e “Morar Feliz II” durante os dois mandatos de Rosinha como prefeita de Campos dos Goytacazes entre os anos de 2009 e 2016.

Os contratos foram celebrados entre a prefeitura da cidade e a Odebrecht. Dois executivos da construtora, Leandro Andrade Azevedo e Benedicto Barbosa da Silva Junior, deram declarações ao Ministério Público Federal, que, a partir das falas, conseguiu identificar o superfaturamento de mais de R$ 62 milhões nos contratos fechados com a Odebrecht. No total, o valor das licitações ultrapassaram R$ 1 bilhão. O prejuízo causado ao município pelo superfaturamento das obras, é de ao menos R$ 62 milhões, indica o MP.

De acordo com a Promotoria, as contratações, além de superfaturadas, foram “pagamento sistemático de quantias ilícitas, em espécie, em favor dos ex-governadores”. As investigações identificaram o recebimento de R$ 25 milhões em propinas pagas pela Odebrecht.

Defesas

Até a última atualização desta matéria, os ex-governadores não haviam se posicionado.

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