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Política & Poder

Amorim diz no Senado que Brasil tem interesse em preservar ordem internacional

Arquivo Geral

02/08/2006 0h00

O Brasil tem o maior interesse na manutenção da ordem jurídica internacional, clinic buy more about sobretudo na questão do Oriente Médio, em razão dos fortes laços culturais com a comunidade envolvida pelo conflito Israel-Líbano. Foi o que afirmou hoje o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, em exposição na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado. Amorim participou de audiência pública para esclarecer o posicionamento do Brasil diante do conflito no Oriente Médio e da Rodada de Doha, negociações no âmbito da Organização Mundial do Comércio.

O chanceler destacou que Israel teve uma “reação desproporcional” no conflito, atingindo muitos civis do Vale do Bekaa, no Sul do Líbano, e “infelizmente o mundo assiste estarrecido a uma contínua escalada das ações bélicas na área”.

Diante desses fatos, “sem perspectiva de melhora imediata” no conflito, de acordo com Amorim, o Brasil tem redobrado esforços para ajudar os cerca de 8 mil brasileiros e dependentes que vivem no Líbano, apesar de o Brasil ter “capacidade de ação limitada”, por não dispor de voto nem voz no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

O chanceler disse que 2.250 brasileiros e libaneses com passaporte brasileiro já deixaram a área em guerra; muitos deles com ajuda de outros países, como o caso do barco canadense que retirou mais de 70 brasileiros da região. Amorim enfatizou, contudo, que cerca de 1,5 mil pessoas tiveram algum tipo de ajuda do Ministério das Relações Exteriores e de um fretamento específico das companhias aéreas GOL e TAM.

Depois de ouvir as críticas dos senadores à posição do presidente George W. Bush, dos Estados Unidos, de apoiar a reação belicista de Israel, o ministro afirmou que o Brasil é a favor de um cessar fogo imediato na região, seguido da formação de uma força de paz internacional para garantir a ordem jurídica. A proposta brasileira reforça a apresentada pela França na ONU, que conta inclusive com respaldo do Reino Unido.

 

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