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Política & Poder

Alckmin quer voar mais alto com três metas

Arquivo Geral

06/09/2018 7h00

Atualizada 05/09/2018 23h01

REUTERS/Paulo Whitaker

Jorge Eduardo Antunes
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Geraldo Alckmin, candidato do PDSB às eleições presidenciais deste ano, estabeleceu três metas para seu plano de governo, chamadas de O Brasil da Indignação, O Brasil da Solidariedade e o Brasil da Esperança. A primeira promete reforma do Estado, combate à corrupção e fim de privilégios. A segunda quer reduzir as desigualdades sociais, melhorar a educação, ampliar o acesso à saúde, combater a violência e promover o respeito às mulheres, idosos e minorias. A última promete retomar o crescimento, atraindo investimento privado e gerando emprego e renda. Essa é a segunda vez que Alckmin tenta chegar à Presidência da República – foi derrotado em 2006 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O pessedebista guarda uma semelhança com o candidato do PDT, Ciro Gomes, cujo plano de governo foi detalhado ontem, na parceria entre o Conselho Federal de Administração (CFA) e o Jornal de Brasília: os dois são de Pindamonhangaba (SP). Só que Alckmin começou a vida política na própria cidade paulista, sendo eleito vereador em 1972, pelo MDB. Quatro anos mais tarde, se tornaria prefeito.

Em seguida, foi deputado estadual (1983-1987) e federal (1987-1995), tendo, em 1988, deixado o PMDB para fundar o PSDB com outros dissidentes. No mesmo ano, foi eleito vice-governador de São Paulo, na gestão Mário Covas, que morreu em 6 de março de 2001, quando Alckmin assumiu de vez o governo do estado. Disputou a reeleição em 2002, vencendo José Genoino (PT) por mais de 3,5 milhões de votos.

Cacifado pelo governo paulista, o tucano tentou voos maiores nas eleições de 2006, disputando a Presidência da República. Chegou ao segundo turno para enfrentar Lula (PT), que se reelegeu com 60,82% dos votos válidos – e Alckmin viu seus votos encolherem de um turno para o outro, perdendo 2,4 milhões dos 40 milhões de eleitores da primeira votação.

A derrota seria repetida em 2008, nas eleições municipais da capital paulista. Alckmin obteve 1,4 milhão de votos e não chegou ao segundo turno, suplantado por Marta Suplicy (então no PT) e Gilberto Kassab (na época, do DEM). Em janeiro de 2009, foi convidado pelo governador José Serra para ser secretário estadual de Desenvolvimento, cargo que deixou em 2010 para disputar as eleições.

Com Guilherme Afif Domingos como vice, Alckmin voltou ao governo de São Paulo ainda no primeiro turno, com 11,5 milhões de votos (50,63%), batendo o senador petista Aloizio Mercadante. Conseguiu se reeleger em 2014, também no primeiro turno, com 12,2 milhões de votos (57,31%), batendo o peemedebista Paulo Skaf, ex-presidente da poderosa Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Agora sonha em ser presidente com uma plataforma que mistura tons sociais com reorganização do estado.

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