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Política & Poder

Abadia oficializa apoio a Rollemberg com filiação ao PSB

Arquivo Geral

04/04/2018 16h37

Breno Esaki

Francisco Dutra

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Deixando as plumas de lado, Maria de Lourdes Abadia abandonou o PSDB para se filiar no PSB, do governador Rodrigo Rollemberg. A ex-tucana, ex-governadora e atual Secretária de Projetos Estratégicos do Distrito Federal, mudou de partido com dois destinos no horizonte. Uma possibilidade é a candidatura para o cargo de vice-governadora no projeto de reeleição de Rollemberg, a outra é disputa pelo mandato de deputada federal.

O movimento de Abadia dá fôlego para o projeto político de Rollemberg, alvo de críticas pelo eleitorado e isolado por grande parte dos partidos brasilienses. Além disso, a saída da secretária marca um êxodo no diretório regional do PSDB. Junto com a filiada tucana com o registro nº 1 no DF, dezenas membros históricos planejam deixar o ninho. Atualmente responsável pela Fábrica Social, Virgílio Neto também deverá deixar a agremiação pelo PSB.

“Me desliguei do partido, com muita tristeza. É muito difícil, ainda mais depois de 30 anos de fundação, lutas, campanhas e vitórias. Tive que pensar muito. Me emocionei e ainda estou emocionada. Quero ajudar o governador Rollemberg a ajudar Brasília. O PSB é um grande partido. Tem uma expressão, uma história muito bonita e gente séria. E nestes meses tem me tratado com proximidade, carinho e deferência”, comenta Abadia.

Breno Esaki

A filiação está marcada para quinta-feira (05/04). Inicialmente, Abadia mira na Câmara dos Deputados. Ex-deputada constituinte, participou da criação da Fundo Constitucional, do Estatuto do Idoso, da Politica Nacional de Turismo, da Proteção Continuada e do Código de Defesa do Consumidor. Mesmo assim, uma caminhada majoritária não está descartada. Afinal, Abadia é uma personagem com forte apelo social e presença sólida em várias cidades do DF, como Ceilândia.

Segundo Abadia, a decisão será do partido e ele pretende estar à disposição para qualquer combate. Rollemberg pondera sobre outros nomes para a composição majoritária. Por exemplo, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Antônio Valdir de Oliveira também é uma opção, por apresentar boas relações com o setor produtivo, resultados concretos na pasta e um perfil de nome “novo”, “diferente”, capaz de se aproximar dos eleitores descontentes com a política convencional.

 

A guerra interna contra o presidente regional do PSDB, deputado federal Izalci Lucas, deixou mágoas na ex-governadora. “Conviver, partidariamente, com o deputado Izalci é tarefa para quem já perdeu esperança na vida. Não é o meu caso. Não vou deixar de caminhar politicamente, apenas passei para outro lado, sem Izalci. Sem o autoritarismo, vaidade a arrogância do Izalci. Deus que me livre. Os pioneiros históricos do partido também devem sair. Ninguém aceita um regime imperial”, desabafa.

Do ponto de vista de Abadia, Rollemberg tem plenas condições conseguir a reeleição. A secretaria bateu na tecla que o governador herdou um DF depauperado, atolado em dívidas. Neste sentido, o governo não poupou esforços em organizar as contas públicas e manter os salários dos servidores em dia, ao contrário de outros estados. Além disso, os serviços públicos locais são sobrecarregados com a pressão da população da Região Metropolitana, conhecida como Entorno.

“O governador Rollemberg teve uma missão, não uma tarefa. E quem vai decidir é o povo. A vitória compete aos eleitores. Espero que o governador consiga mostrar todo seu trabalho e esforço na campanha e pretendo ajudá-lo, como a operária social que sou”, comenta. O maior desafio do DF para Abadia e a Saúde Pública. Na eleição, um diferencial de Rollemberg poderá ser o cuidado com as comunidades carentes.

“Na questão social, no cuidado com os mais pobres, o governador Rollemberg é muito parecido com o governador Roriz. Nessa questão social, são muito parecidos. Vemos muito cuidado com a Estrutural, Pôr do Sol, Sol Nascente, Porto Rico e demais comunidades carentes”, analisa Abadia. Até sexta-feira (06/04), a ex-governadora deverá deixar o cargo para ter condições de disputar as eleições, proporcionais ou majoritárias.

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